Adesão da Ucrânia à NATO "não é uma questão de se mas de quando"

O secretário-geral da NATO afirmou hoje que a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica "não é uma questão de se mas de quando", sublinhando que os aliados concordaram que esse caminho "é irreversível".

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Lusa
10/07/2024 22:19 ‧ 10/07/2024 por Lusa

Mundo

Jens Stoltenberg

Na conferência de imprensa no final do primeiro dia de trabalhos da cimeira da NATO, que decorre até quinta-feira em Washington, Jens Stoltenberg justificou o compromisso dos aliados de apoiarem a Ucrânia com um montante anual não inferior a 40 mil milhões de euros.

"Não estamos a fazer isto porque queremos prolongar a guerra, mas porque queremos acabar com ela o mais rápido possível", defendeu.

E acrescentou: "A não ser que queiramos que a Ucrânia perca, a não ser que nos queiramos curvar perante [o Presidente russo, Vladimir] Putin, temos de mostrar compromisso".

"Na nossa reunião, também decidimos dar mais passos para aproximar ainda mais a Ucrânia da NATO", disse, falando num caminho "irreversível para a integração" do país na Aliança Atlântica.

Segundo o secretário-geral da NATO, é preciso assegurar que "quando for o momento certo", a Ucrânia se juntará à organização "sem demoras".

"Não é uma questão de se mas quando", frisou.

Na conferência de imprensa, o secretário-geral da NATO saudou também o reforço do investimento em defesa dos países aliados, salientando que o total já supera os 2% do Produto Interno Bruto dos Estados membros europeus e do Canadá.

"Cumprimos", afirmou, referindo-se ao compromisso assumido na cimeira da NATO do ano passado.

Ainda em relação à Ucrânia, o secretário-geral considerou que foram tomadas decisões importantes, como a NATO assumir a coordenação da ajuda internacional a este país através de um comando liderado por um general de três estrelas e com cerca de 700 pessoas a trabalhar no complexo militar de Wiesbaden, na Alemanha.

"A NATO vai coordenar a formação das forças ucranianas em instalações em países aliados", bem como as doações ao país, disse.

No entanto, Stoltenberg considerou que este apoio "mão torna a NATO parte do conflito", mas ajudará a Ucrânia no seu direito à autodefesa. 

A cimeira que assinala os 75 anos da NATO é também a última do atual secretário-geral, Jens Stoltenberg, que terá como sucessor o ex-primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.

Sob a liderança do norueguês Stoltenberg, que se iniciou em 01 de outubro de 2014, a NATO ganhou quatro novos membros ao passar a integrar Montenegro (2017), Macedónia do Norte (2020), Finlândia (2023) e Suécia (2024).

Portugal é um dos 12 países da Europa e da América do Norte que fundaram a NATO em 1949.

[Notícia atualizada às 23h14]

Leia Também: NATO. Stoltenberg defende adesão da Ucrânia em caso "de cessar-fogo"

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