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"Remediar atuais insuficiências" exige gastos em defesa de mais 2% do PIB

A declaração final da cimeira da NATO sublinha que mais de dois terços dos aliados gastam anualmente pelo menos 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) na defesa, sublinhando ser necessário superar essa fasquia para "remediar atuais insuficiências".

"Remediar atuais insuficiências" exige gastos em defesa de mais 2% do PIB
Notícias ao Minuto

23:17 - 10/07/24 por Lusa

Mundo NATO

"Os aliados estão a redobrar os seus esforços neste sentido: as despesas com a defesa dos aliados europeus e do Canadá aumentaram 18% em 2024, o que representa o crescimento mais forte em décadas. Além disso, estão a investir mais em capacidades modernas e a aumentar as suas contribuições para as operações, missões e atividades da NATO", refere o comunicado final da reunião do Conselho do Atlântico Norte, hoje em Washington DC.

Ainda assim, o Conselho defende que "será necessário dedicar mais de 2% do PIB em gastos com a defesa para remediar as atuais insuficiências", alegando que os desafios que se colocam à Aliança exigem mais investimento.

"Estamos a fazer o maior reforço em defesa coletiva numa geração", reconhece o comunicado, salientando que os aliados foram capazes de fortalecer a sua postura de dissuasão e defesa.

"Redobrámos forças prontas para o combate no flanco oriental da Aliança, reforçámos as defesas avançadas e melhorámos a capacidade da Aliança para fornecer rapidamente reforços a quaisquer aliados que estejam sob ameaça", asseguram os líderes da NATO, acrescentando que estão "a acelerar ainda mais a modernização da defesa coletiva".

O Conselho do Atlântico Norte assegura que a organização está a "aproveitar ao máximo" a adesão da Finlândia e da Suécia e as capacidades que estes países trazem para a Aliança" em diferentes áreas, incluindo a proteção de "infraestruturas subaquáticas críticas".

O comunicado final fala ainda no investimento nas "capacidades de defesa QBRN (química, biológica, radiológica e nuclear) necessárias para operar eficazmente em todos os ambientes", ao mesmo tempo que refere o facto de estarem a ser tomadas as medidas necessárias para aumentar a interoperabilidade das forças da Aliança, tornando-as mais eficazes e seguras.

"Temos o prazer de declarar a capacidade operacional reforçada de defesa contra mísseis balísticos (BMD) da NATO", explica o documento final da cimeira, referindo que esta capacidade de contrariar mísseis externos dá garantias de "cobertura total dos territórios dos países europeus da NATO".

O Conselho do Atlântico Norte garante ainda que "a dissuasão nuclear é a pedra angular da Aliança", explicando que "enquanto existirem armas nucleares a NATO continuará a ser uma aliança nuclear".

"A NATO reafirma o seu compromisso com todas as decisões, princípios e compromissos relativos à sua dissuasão nuclear, à sua política de controlo de armas e aos seus objetivos de não proliferação e de desarmamento", pode ler-se no comunicado.

Nesse sentido, o Conselho condena "a retórica nuclear irresponsável da Rússia e a utilização de ameaças nucleares, incluindo o anunciado estacionamento de armas nucleares na Bielorrússia, o que reflete uma postura de intimidação estratégica".

Contudo, a NATO acrescenta que a postura de dissuasão "combina adequadamente capacidades nucleares, capacidades convencionais e capacidades de defesa antimísseis, complementadas por capacidades espaciais e cibernéticas".

A declaração final faz ainda referência à cooperação transatlântica no domínio da indústria de defesa como sendo "um elo essencial na dissuasão e na defesa da NATO", através do fortalecimento deste setor, de forma alargada e abrangente.

"A resiliência nacional e a nossa resiliência coletiva são essenciais para a credibilidade da nossa dissuasão e defesa, bem como para a execução bem-sucedida das tarefas fundamentais da Aliança, seguindo uma abordagem de 360 graus", clarifica a declaração final de Washington.

O Conselho do Atlântico Norte reconhece ainda que "a União Europeia continua a ser um parceiro essencial e sem paralelo para a NATO" e que a cooperação entre as duas organizações "atingiu um nível sem precedentes".

"A NATO reconhece o interesse numa defesa europeia mais forte e eficiente, que contribua efetivamente para a segurança transatlântica e global, complemente a sua ação e seja interoperável com ela", refere a declaração final.

Leia Também: Adesão da Ucrânia à NATO "não é uma questão de se mas de quando"

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