EUA não estão preocupados com acordo militar entre São Tomé e a Rússia
Os Estados Unidos da América não estão preocupados com o acordo militar assinado entre São Tomé e Rússia, e querem fortalecer a relação com o arquipélago, que consideram "parceiro muito importante" no atlântico", segundo embaixador norte-americano.
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Mundo EUA
"Há a liberdade para todos nós termos muitos amigos. O meu foco é ver o que os Estados Unidos da América podem continuar a fazer com São Tomé. Não me preocupa muito o que São Tomé está a fazer com outros países", disse Tulinabo Mushingui, quando questionado pela Lusa sobre a visão dos EUA face ao referido acordo.
O diplomata norte-americano que falava na capital são-tomense, após encontro de mais de uma hora com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, disse que o seu país tem mais interesse em ver como nós podem "continuar a avançar juntos" com o Governo são-tomense "e produzir alguns resultados positivos" para o povo.
"Nós estamos engajados, nós já decidimos ficar cá. São Tomé é um parceiro muito importante nessa região do oceano atlântico. Nós queremos guardar essa relação, fortalecer essa relação, de qualquer maneira que podemos, por isso que vamos continuar a identificar áreas de sinergia que possam beneficiar o povo americano e o são-tomense e além disso o povo do mundo", sublinhou Tulinabo Mushingui.
Em maio, São Tomé e Príncipe assinou um acordo técnico militar com a Rússia, em que é previsto formação e utilização de armas, equipamentos militar e visitas de aviões, bem como navios de guerra e ainda embarcações russas ao arquipélago.
A informação sobre a assinatura foi avança em primeira mão pela imprensa russa, e causa "apreensão e perplexidade" por parte de Portugal e de alguns países da União europeia, disse na altura o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel.
Antes do encontro com o primeiro-ministro, o embaixador norte-americano foi recebido pelo Presidente da República Carlos Vila Nova, tendo revelado no final do encontro a encerramento da base de transmissão da Voz de América instalada no arquipélago há mais de 30 anos.
"Muita gente está a receber notícias através de outras fontes e não por ondas curtas. O orçamento está muito difícil em Washington e estamos no ano eleitoral e a Voz da América comparou o que está a gastar em relação ao número de ouvintes e decidiu que não faz sentido continuar a emitir notícias através de ondas curtas", explicou.
Sem avançar a data exata do encerramento, Tulinabo Mushingui disse que a decisão já foi comunicada as autoridades e os mais de 30 trabalhadores da estação no arquipélago, assegurando o respeitos pelos seus direitos.
"Os estados Unidos da América como empregador fiável, vamos tratar o nosso pessoal com dignidade seguindo as leis de São Tomé e Príncipe e as leis dos Estados Unidos da América. Não vai haver surpresas nesta área", assegurou Tulinabo Mshingi.
O diplomata norte-americano está em São Tomé e Príncipe onde promoveu na quarta-feira uma receção aos membros do Governo são-tomense e representantes de instituições públicas e privadas do arquipélago para celebrar a independência dos EUA comemorado a 04 de julho, e participará na comemoração dos 49 anos da independência de São Tomé e Príncipe que se assinalará no dia 12 de julho.
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