Inicialmente, as testemunhas tinham afirmado que tinham sido encontrados nove corpos na lixeira, mas a polícia de Nairóbi disse mais tarde, num comunicado, que tinham sido descobertos "seis corpos gravemente mutilados, todos de mulheres, em vários estados de decomposição".
Todavia, a Comissão dos Direitos Humanos do Quénia (KHRC), citada pela agência noticiosa EFE, cita que são oito as vítimas, por isso, não há ainda informação consensual em relação aos números.
"O KHRC apela a uma investigação exaustiva para determinar a causa destas mortes e identificar os responsáveis. Os perpetradores devem ser responsabilizados", disse a organização.
Em imagens publicadas nas redes sociais, ativistas e membros da comunidade podem ser vistos a carregar e a retirar os corpos, embrulhados no que pareciam ser sacos de plástico verdes, das pilhas de lixo.
As autoridades dispararam gás lacrimogéneo e balas de borracha para dispersar uma multidão enfurecida que cercou uma esquadra da polícia perto do local da descoberta das vítimas em Mukuru, um bairro de lata no sul da capital, segundo a agência noticiosa France-Presse (AFP).
"Foram iniciadas investigações para determinar a identidade e a forma como estas pessoas foram mortas", declarou aos jornalistas o chefe da polícia de Nairóbi, Adamson Bungei.
Nesta fase, a polícia judiciária estima que as mulheres foram mortas da mesma forma, mas não avançou mais pormenores.
Os corpos foram levados para a morgue para serem autopsiados, de acordo com as autoridades locais.
Este não é o primeiro episódio deste tipo no país, onde organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional (AI) denunciaram em janeiro de 2022 que, desde meados de 2021, 31 corpos foram despejados no rio Yala (oeste), um número que a polícia estima em 19.
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