A legislação norte-americana, promulgada na sexta-feira por Biden, procura pressionar Pequim a retomar as negociações com os líderes tibetanos e foi classificada pelo gigante asiático como uma grave interferência em assuntos internos.
O Comité de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional Popular (ANP, legislativo) condenou veementemente a lei, reafirmando a posição firme da China de que o Tibete é uma região inalienável sob a sua soberania.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China declarou, por sua vez, que a lei norte-americana "fere seriamente os interesses da China" e envia "um sinal errado às forças separatistas do Tibete".
"Os EUA não devem adotar a lei", sublinhou o ministério chinês, acrescentando que se o país norte-americano continuar "pelo caminho errado", a China tomará "medidas contundentes" para defender firmemente a soberania, segurança e interesses de desenvolvimento.
Washington manifestou apoio aos direitos do povo tibetano de praticar a sua religião e cultura, acusando Pequim de violações de direitos humanos na região.
Apesar de os Estados Unidos reconheceram o Tibete como parte da China, a nova lei põe em dúvida esta postura, ao condicioná-la à retomada do diálogo entre a China e os representantes tibetanos.
As tensões coincidem com o 89.º aniversário do Dalai Lama, que indicou que clarificará as perguntas em torno do sucessor perto do 90.º aniversário, um tema que tem gerado controvérsia na China, que insiste em ter o poder de nomear o próximo líder espiritual tibetano.
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