Thomas Matthew Crooks foi identificado como sendo o jovem de 20 anos, de Bethel Park, na Pensilvânia, Estados Unidos, que tentou assassinar o ex-presidente Donald Trump, no sábado, durante um comício republicano.
Segundo a imprensa internacional, o atirador encontrava-se num telhado fora do perímetro do comício, usou uma arma do tipo AR-15 e disparou oito tiros antes de ser abatido pelos agentes dos Serviços Secretos.
Segundo as autoridades, Crooks não levava nenhuma identificação para o local do tiroteio e teve de ser identificado por outros métodos.
"Estamos a analisar fotografias neste momento e estamos a tentar analisar o seu ADN e obter confirmação biométrica", referiu Kevin Rojek, agente especial do FBI responsável, durante uma conferência de imprensa esta manhã.
Mas, afinal, quem era Thomas Matthew Crooks?
O jovem vivia a cerca de uma hora de distância do local onde ocorreu o tiroteio, em Butler, e teria cadastro limpo. Segundo registos eleitorais da Pensilvânia, a que a CNN Internacional teve acesso, Thomas Matthew Crooks estava, inclusivamente, registado como republicano. Esta seria a primeira eleição presidencial em que teria idade para votar.
Thomas Matthew Crooks© Reprodução redes sociais
Além disso, quando tinha 17 anos, fez uma doação de 15 dólares à ActBlue, um comité de ação política que angaria fundos para políticos de esquerda e democratas, de acordo com um documento da Comissão Eleitoral Federal de 2021. A doação foi destinada ao Progressive Turnout Project, um grupo nacional que reúne democratas para votar, dá conta a Reuters.
Após o ataque, o pai de Crooks, Matthew Crooks, 53, disse que estava a tentar descobrir "o que estava a acontecer", mas que "esperaria até falar com a polícia" antes de falar sobre seu filho.
Segundo o Pittsburgh Tribune-Review, o jovem acabou o ensino secundário em 2022 na Bethel Park High School e recebeu um "prémio estrela" de 500 dólares da Iniciativa Nacional de Matemática e Ciências.
Um vídeo da cerimónia de graduação de 2022 a que o New York Times teve acesso mostra Crooks a receber o seu diploma do ensino secundário sob alguns aplausos. O vídeo dessa cerimónia mostra Crooks de óculos, com um vestido de formatura preto e a posar para algumas fotografias com um funcionário da escola.
Autoridades na residência do atirador
Após ser conhecido o nome do atirador, dezenas de veículos da polícia foram vistos à porta de uma residência com o mesmo endereço que consta do registo eleitoral de Crooks, noticia o USA Today.
O perímetro da residência do suspeito está limitado por uma fita amarela da polícia e agentes do departamento de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos estavam no local.
"É uma loucura que alguém possa fazer isto", disse Dan Maloney, um residente de 30 anos daquela zona.
O que aconteceu?
Donald Trump, ex-presidente e candidato republicano às presidenciais dos Estados Unidos, ficou ferido, no sábado, após um tiroteio, num comício em Butler, na Pensilvânia, durante o qual morreram duas pessoas, incluindo o autor dos disparos.
Depois de se ouvirem tiros, o candidato à Casa Branca baixou-se rapidamente enquanto os serviços secretos o retiraram do palco. No momento em que foi retirado, o antigo presidente norte-americano ergueu o punho, sob os aplausos dos seus apoiantes, gritando: "Mantenham-se firmes".
O ataque a Donald Trump aconteceu no sábado, durante o seu último comício antes da convenção republicana onde será oficialmente nomeado candidato do Partido Republicano nas eleições de novembro para a Casa Branca.
Notícias ao Minuto com Lusa | 08:41 - 14/07/2024
O ex-presidente "está bem" e foi "examinado num centro médico local", indicou posteriormente o porta-voz da campanha, Steven Cheung. Segundo a Associated Press, os agentes dos serviços secretos demoraram cerca de dois minutos, desde o primeiro tiro, até Trump entrar no carro blindado onde seguiu.
Além das vítimas mortais, dois homens ficaram gravemente feridos.
O tiroteio no comício de Trump está agora, de acordo com o FBI, a ser investigado como uma tentativa de assassinato do ex-presidente norte-americano.
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