Guiné. Sindicato insta boicote após palavrões de presidente a jornalista
O Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social da Guiné-Bissau [SINJOTECS] instou hoje os órgãos de comunicação social a boicotarem as atividades do Presidente, na sequência de palavrões dirigidos pelo chefe de Estado a um jornalista.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
Mundo Guiné-Bissau
O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, regressou, no sábado, de uma visita de Estado à China, e numa conferência de imprensa à chegada ao aeroporto de Bissau, respondeu com vários palavrões a um jornalista guineense, que o questionava sobre a data das eleições presidenciais.
O Sindicato publicou hoje uma nota de repúdio e a instar os jornalistas a "boicotarem todas as atividades do Presidente da República em virtude da defesa de dignidade pessoal e profissional".
Aquela organização refere que é "recorrente" o uso de "adjetivos ofensivos contra os profissionais da comunicação social" por parte do chefe de Estado.
Para o Sindicato, esta postura "revela desrespeito e desconsideração ao valioso serviço público da imprensa".
O SINJOTECS exorta ainda Umaro Sissoco Embaló a "melhorar a sua conduta social e profissional e sobretudo a ter um respeito particular aos profissionais de Comunicação Social que promovem e lapidam sistematicamente a sua imagem pública".
O Sindicato acredita que a direção dos órgãos de comunicação social e os respetivos profissionais "tomarão a sábia medida para repor o respeito e dignidade da classe".
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