Os três países bálticos, que durante décadas integraram a União Soviética, mas que agora fazem parte da União Europeia e da NATO, deram assim um passo importante no sentido da independência energética perante a Rússia.
Estes países têm tido relações tensas com Moscovo desde que recuperaram a sua independência, no início da década de 90, sendo que estes laços se deterioraram ainda mais desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
"Cortaremos as últimas ligações energéticas com a Rússia", afirmou Rokas Masiulis, diretor da Litgrid, o operador estatal da rede elétrica da Lituânia, citado pela agência AFP.
O responsável indicou que nos próximos seis meses irá desligar a rede elétrica Russa e desmantelar as últimas linhas elétricas restantes.
Também representantes da operadora letã AST e da estoniana Elering anunciaram essa decisão.
Em comunicado, a operadora Elaring referiu que "os sistemas de energia dos três estados bálticos já estão prontos para sincronização de emergência a qualquer momento, se necessário".
Assim, a Estónia, Letónia e Lituânia vão desligar-se da rede russa em 07 de fevereiro, voltando a aderir à rede europeia dois dias depois.
Embora tenham declarado independência da União Soviética em 1991, as suas redes elétricas permaneceram ligadas à Rússia e à Bielorrússia.
A sua frequência é, portanto, regulada a partir da sede em Moscovo, o que significa que ainda dependem da Rússia para garantir um fluxo estável de eletricidade.
Os três países decidiram em 2018 sincronizar as suas redes elétricas com o sistema continental europeu, após obterem apoio financeiro da União Europeia.
No futuro, terão acesso à rede elétrica da União Europeia através da Polónia.
Leia Também: Filipe VI faz visita oficial a países bálticos sem comitiva governamental