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Hezbollah ameaça atacar novas localidades em Israel

O líder xiita libanês do Hezbollah, Hassan Nasrallah, ameaçou hoje atacar localidades israelitas que ainda não foram visadas se Israel continuar a matar civis nos bombardeamentos contra o sul do Líbano.

Hezbollah ameaça atacar novas localidades em Israel
Notícias ao Minuto

12:34 - 17/07/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"Se o inimigo continuar a atacar civis como tem feito nos últimos dias, isso levar-nos-á a atacar locais que até agora não tínhamos atacado", disse Nasrallah por ocasião da celebração da Ashura, a mais importante festa muçulmana xiita.

 

O dirigente do Hezbollah fez a ameaça um dia depois de pelo menos cinco civis, incluindo três crianças, terem sido mortos em bombardeamentos israelitas no sul do Líbano, segundo os meios de comunicação libaneses.

A Unicef condenou o "assassinato de três outras crianças por um ataque aéreo (enquanto brincavam em frente à sua casa" no sul do Líbano.

O Hezbollah, que tem o apoio do Irão, respondeu aos bombardeamentos com o lançamento de várias rajadas de obuses contra posições no norte de Israel.

"A Resistência respondeu ontem [terça-feira] à noite com dezenas de foguetes, entre 60 e 70, para além de 120 mísseis que atingiram seis ou sete povoações", disse Nasrallah, citado pela agência espanhola EFE.

Nasrallah advertiu contra uma hipotética invasão terrestre israelita do Líbano, num contexto de escalada das tensões entre o Hezbollah e Israel, após mais de nove meses de intensas trocas de tiros transfronteiriças entre as duas partes.

"Se os vossos tanques chegarem ao Líbano, não sofrerão uma perda de tanques, porque não terão tanques", afirmou, num discurso transmitido pela televisão.

Nasrallah disse que uma ameaça de guerra com Israel "não assusta" o Hezbollah.

Reiterou que os ataques do Hezbollah contra Israel não vão parar "enquanto a agressão contra a Faixa de Gaza continuar".

Disse também que, se a guerra no enclave palestiniano cessar, será o Estado libanês a negociar "o futuro do sul" do Líbano.

"Toda a conversa sobre um acordo preparado para a situação na fronteira não é correta. Até à data, não existe qualquer acordo. Há esboços, ideias, propostas... mas, deixemos isso para a altura certa", afirmou.

Israel e o Hezbollah estão envolvidos num intenso fogo cruzado desde 08 de outubro de 2023, um dia depois do início da guerra em Gaza, nos piores confrontos entre as duas partes desde 2006.

Os confrontos nas zonas fronteiriças causaram 511 mortos no Líbano, na maioria combatentes, mas incluindo pelo menos 104 civis, segundo a agência francesa AFP.

Do lado israelita, 17 soldados e 13 civis foram mortos, de acordo com as autoridades.

O Hezbollah integra o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes houthis do Iémen.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 38.700 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do pequeno enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.

Leia Também: UE prolonga sanções contra Forças Armadas do Irão até julho de 2025

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