Benjamin Netanyahu "não aprova a instalação de um hospital para a população de Gaza no interior do território israelita" e "em consequência não será construído", precisou o gabinete governamental.
Na quarta-feira, em comunicado, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, anunciou que tinha emitido uma ordem para montar um hospital "temporário" em Israel para tratar crianças da Faixa de Gaza que não podem receber assistência médica no pequeno enclave, território devastado pela guerra e com o sistema de saúde em colapso.
Segundo o comunicado, Gallant abordou esta possibilidade num contacto telefónico com o secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin.
Um responsável israelita afirmou à agência noticiosa AFP que antes de ordenar a concretização deste hospital de campanha, tinha pedido duas semanas antes a Netanyahu para acelerar "a retirada de doentes, em particular de crianças doentes de Gaza".
"O primeiro-ministro anulou esta ordem e, por motivos políticos, bloqueou uma solução humanitária", declarou este responsável, citado pela AFP e que falou sob condição de anonimato.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
O Exército israelita respondeu com uma devastadora campanha militar em Gaza que já provocou mais de 38.800 mortos e perto de 90.000 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007.
Leia Também: Netanyahu visita Rafah e diz que pressão ajuda a negociar cessar-fogo