Charles Michel congratula PE por reconduzir Von der Leyen

O presidente cessante do Conselho Europeu, Charles Michel, congratulou hoje o Parlamento Europeu (PE) pela validação de Ursula von der Leyen para a Comissão Europeia e alertou que "cooperação leal" vai ser fulcral no próximo mandato.

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© IDA MARIE ODGAARD/Ritzau Scanpix/AFP via Getty Images

Lusa
18/07/2024 20:54 ‧ 18/07/2024 por Lusa

Mundo

Comissão Europeia

"Congratulo o voto do PE em Ursula von der Leyen como a escolha pró-europeia e o apoio às propostas do Conselho Europeu para o próximo ciclo institucional", escreveu Charles Michel na rede social X (antigo Twitter).

 

O Conselho Europeu é que propõe os nomes para presidente daquela instituição, presidente da Comissão Europeia e Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros - estes dois últimos precisam do crivo do Parlamento Europeu.

"Unidade e sinceridade, e cooperação leal serão fulcrais para enfrentar os nossos desafios comuns: valores [europeus], prosperidade, segurança e defesa", sustentou Charles Michel, acrescentando que "vai requerer muito esforço conjunto".

O Parlamento Europeu aprovou hoje a recondução da atual presidente da Comissão Europeia, a política alemã de centro-direita Ursula von der Leyen, por mais cinco anos.

A votação ocorreu na primeira sessão plenária da nova legislatura da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, com Von der Leyen a conquistar 401 votos favoráveis, 284 contra, 15 abstenções e sete nulos.

O aval de hoje à recondução -- que implicava pelo menos 360 votos favoráveis (metade dos eurodeputados mais um, dado que um dos parlamentares não tomou posse) -- surgiu depois de a candidata do Partido Popular Europeu (PPE) ter mantido reuniões nos últimos dias com várias bancadas políticas do hemiciclo europeu (como Socialistas, Liberais, Verdes e Conservadores) para apelar à aprovação destes parlamentares para um novo mandato de cinco anos.

Com uma maior fragmentação partidária no Parlamento Europeu, a recondução no cargo (em 2019 foi eleita sem ser candidata) obrigou a várias negociações nos últimos dias, dado que vários parlamentares ameaçaram não apoiar a política alemã por temer que Ursula von der Leyen estivesse demasiado ligada à ala conservadora ou por criticarem a sua postura em relação à externalização das políticas de migração da UE e a certos recuos nas metas climáticas ou sociais.

Enquanto primeira mulher na presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen foi aprovada pelo Parlamento Europeu em julho de 2019 com 383 votos a favor, numa votação renhida.

Leia Também: Michel lembra a Orbán que "não tem qualquer papel" para representar UE

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