Macron, que copresidiu no âmbito da cimeira da Comunidade Política Europeia (CPE) um grupo de trabalho sobre esta questão com a Moldova, fez o anúncio em conferência de imprensa, no final do evento que decorreu no Palácio de Blenheim, a noroeste de Londres.
A rede, para a qual já se voluntariaram 30 países membros do CPE, plataforma para discussões políticas e estratégicas sobre o futuro da Europa criada em 2022, vai coordenar especialistas "para definir normas e protocolos comuns para identificar a manipulação de informação e os ciberataques".
O governante francês sublinhou que os países europeus poderão "beneficiar das melhores práticas e promover a transparência dos algoritmos das redes sociais que podem contribuir para esta manipulação de informação".
A rede iria além dos mecanismos já existentes na União Europeia (UE) para incluir também estados que não pertencem ao bloco comunitário, especialmente alguns dos mais expostos à desinformação russa, como a Moldova.
Também o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, exortou os líderes europeus a não se resignarem às ameaças contra a democracia, como a desinformação e os boatos, e a serem ativos na defesa dos seus valores e instituições.
Sánchez, segundo fontes da delegação espanhola à agência de notícias Efe, alertou para as ameaças que as democracias sofrem além de guerras como a da Ucrânia, e neste âmbito colocou as atitudes e estratégias que promovem a desinformação e os boatos.
O político espanhol referiu ainda que as democracias não podem permanecer impassíveis, e os seus líderes, que sublinhou terem sido eleitos democraticamente, têm de enfrentá-las para proteger os seus valores e instituições.
As condições para um debate político saudável e aberto, bem como a liberdade de expressão, devem ser ativamente garantidas em todos os momentos, sublinhou.
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