"Os malfeitores já incendiaram, vandalizaram e levaram a cabo atividades destrutivas" contra os escritórios da televisão estatal BTV e da agência de gestão de catástrofes do país, assim como contra edifícios da polícia e do governo, indicou a polícia em comunicado.
A nota foi publicada na quinta-feira à noite, após um apagão "quase total" da Internet em todo o país.
"Até agora, temos exercido a máxima contenção", afirmou a polícia, acrescentando que, se estas ações destrutivas continuarem, a força de segurança será "obrigada a fazer uso máximo da lei".
Os confrontos no Bangladesh entre a polícia e os estudantes, que se manifestam contra as quotas de contratação na função pública, fizeram 39 mortos em 48 horas, dos quais 32 na quinta-feira.
A estação de televisão privada Independent Television noticiou hoje que 702 pessoas ficaram feridas nos confrontos entre a polícia e os manifestantes, incluindo 104 polícias e 30 jornalistas.
Pelo menos 26 dos 64 distritos do país foram palco de confrontos na quinta-feira, de acordo com o canal.
Os participantes nas manifestações quase diárias, desde o início deste mês, exigem o fim do sistema de quotas, considerando que este beneficia os filhos dos grupos que apoiam a primeira-ministra, Sheikh Hasina, de 76 anos, no poder desde 2009.
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