Ataque aéreo israelita mata 13 refugiados na Faixa de Gaza

Pelo menos 13 pessoas foram mortas em três ataques aéreos israelitas que atingiram campos de refugiados no centro de Gaza durante a madrugada de hoje, segundo as autoridades de saúde palestinianas.

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© AFP via Getty Images

Lusa
20/07/2024 13:06 ‧ 20/07/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Este ataque ocorreu enquanto as negociações de cessar-fogo no Cairo, capital do Egito, parecem progredir.

 

Entre os mortos no Campo de Refugiados de Nuseirat e no Campo de Refugiados de Bureij estavam três crianças e uma mulher, de acordo com as equipas de ambulâncias palestinianas que transportaram os corpos para o hospital vizinho dos Mártires de Al-Aqsa, refere a agência Associated Press (AP).

As últimas vítimas seguem-se a um "raro momento" de esperança na guerra que assolou Gaza, depois de uma equipa médica ter recuperado um bebé vivo de uma mãe palestiniana grávida, morta num ataque aéreo que atingiu a sua casa em Nuseirat, na noite de quinta-feira.

A grávida Ola al-Kurd, de 25 anos, foi morta junto com outras seis pessoas na explosão, mas foi rapidamente levada pelas equipes de emergência para o Hospital Al-Awda, no norte de Gaza, na esperança de salvar o feto.

Horas depois, os médicos disseram à Associated Press que um menino tinha nascido.

O recém-nascido, ainda sem nome, está estável, mas sofreu com a falta de oxigénio, tendo sido colocado numa incubadora, disse o médico Khalil Dajran.

O pai do menino foi ferido no mesmo ataque, mas sobreviveu.

A guerra em Gaza, que foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, matou mais de 38.900 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território, que não faz distinção entre combatentes e civis na sua contagem.

A guerra desencadeou uma catástrofe humanitária no território costeiro palestiniano, deslocou a maior parte dos seus 2,3 milhões de habitantes e provocou a fome generalizada.

O ataque do Hamas matou 1.200 pessoas, a maioria civis, e os militantes fizeram cerca de 250 reféns, destes cerca de 120 permanecem em cativeiro, e acredita-se que cerca de um terço deles esteja morto, segundo as autoridades israelitas.

No Cairo, os mediadores internacionais, incluindo os Estados Unidos, continuam a pressionar Israel e o Hamas para um acordo faseado que poria fim aos combates e libertaria cerca de 120 reféns em Gaza.

Negociações infrutíferas entre os lados em conflito estão em curso desde o cessar-fogo de uma semana de novembro, com o Hamas e Israel a acusarem-se repetidamente de prejudicarem o esforço à medida que se aproximam de um acordo.

Leia Também: Israel divulga lista de trabalhadores da UNRWA que serão membros do Hamas

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