A política democrata defendeu que se trata de "uma escolha entre a liberdade e o caos", quando os eleitores forem chamados para as presidenciais de novembro.
"Nesta campanha, prometo-vos, terei orgulho em comparar o meu percurso com o dele [Trump] em qualquer dia da semana", desafiou Kamala Harris, que assumiu a candidatura à Casa Branca após a desistência, anunciada no domingo, do Presidente norte-americano, Joe Biden.
No seu discurso, a vice-líder da Casa Branca salientou que acredita "num futuro em que cada pessoa terá a oportunidade não só de sobreviver, mas de progredir".
Kamala Harris chegou à zona de Milwaukee com o apoio suficiente dos delegados democratas à nomeação para a corrida presidencial e este foi o primeiro comício desde que lançou a sua campanha, há apenas dois dias, com o aval de Biden.
Segundo a agência Associated Press (AP), o evento refletiu uma vibração que faltava entre os democratas nas últimas semanas, somando-se à ideia, juntamente com 100 milhões de dólares (92 milhões de euros) em doações de campanha desde a tarde de domingo, de que Harris parece projetar um sentimento de confiança em relação às eleições de novembro.
A vice-presidente norte-americana obteve ainda o apoio de altos dirigentes democratas e de grupos políticos do partido, incluindo os líderes do Congresso Charles Schumer e Hakeem Jeffries.
Ao visitar Wisconsin, Harris dedica-se a um estado da chamada "parede azul", juntamente com o Michigan e a Pensilvânia, que os democratas consideram essenciais para garantir a vitória presidencial e que faltaram, por exemplo, há oito anos a Hillary Clinton precisamente contra Trump.
A visita de Harris acontece uma semana após o final da Convenção Nacional Republicana na mesma cidade, que indicou o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para o embate eleitoral.
A AP descreve que a viagem neste estado apresentou um forte contraste com a deslocação de Biden em 06 de julho, quando tentava tranquilizar os apoiantes democratas após a sua prestação preocupante no debate televisivo de 27 de junho contra Donald Trump.
Joe Biden anunciou no domingo a desistência da sua campanha de reeleição e o apoio a Kamala Harris como possível sucessora depois de semanas de pressão interna para desistir da corrida.
O líder da Casa Branca, de 81 anos, cuja condição de saúde tem vindo a ser questionada, vai explicar na quarta-feira a sua decisão num discurso à nação.
Para ser candidata contra Trump em novembro, a vice-presidente norte-americana, de 59 anos, tem de ser confirmada pelos delegados na Convenção Nacional Democrata, que vai decorrer em Chicago de 19 a 22 de agosto.
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