Um comunicado do Departamento do Tesouro norte-americano detalhou que cinco cidadãos e cinco empresas são acusados de terem ajudado Pyongyang a adquirir componentes para os dois programas, "uma violação flagrante" de várias resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"O desenvolvimento e a produção contínuos de mísseis balísticos pela República Popular Democrática da Coreia (RPDC) - em violação das sanções da ONU - são irresponsáveis e desestabilizadores tanto para a região como para a comunidade internacional", sublinhou Brian Nelson, subsecretário do Tesouro dos EUA para o Terrorismo e a Informação Financeira, citado no comunicado.
A mesma fonte garantiu que os EUA vão continuar utilizar os instrumentos à sua disposição para "aplicar sanções internacionais, incluindo a interrupção das redes de abastecimento ilícito de componentes essenciais para mísseis".
Segundo o Tesouro, a Coreia do Norte criou "uma vasta rede" de intermediários estrangeiros que lhe permite obter os componentes necessários fabricados a nível internacional, tanto entre o seu pessoal diplomático ou missões comerciais, "como entre cidadãos de outros países".
Entre os alvos de sanções estão Shi Qianpei, que já tinha sido implicado pelo Tesouro por ter ajudado outro fornecedor chinês de placas de metal necessárias para a produção de mísseis norte-coreanos, a sua mulher e dois trabalhadores.
As sanções implicam o congelamento de todos os bens detidos, direta ou indiretamente, nos Estados Unidos, bem como a proibição de qualquer pessoa ou empresa sediada nos Estados Unidos trabalhar com as entidades visadas, correndo o risco, por sua vez, de ser também sancionada.
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