Kuleba elogia China por trabalhar numa saída estratégica para a guerra

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, elogiou hoje os esforços chineses para alcançar uma "solução permanente e estratégica" para a guerra, numa entrevista publicada após a sua visita de três dias a Pequim.

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Lusa
26/07/2024 10:39 ‧ 26/07/2024 por Lusa

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Ucrânia

 

 

"Recebemos um sinal claro de que a China não está à procura de uma solução temporária, de um cessar-fogo temporário, mas está a trabalhar numa solução permanente e estratégica para a guerra", disse o chefe da diplomacia ucraniana, em entrevista à televisão ucraniana TSN.

Kuleba também referiu que o seu homólogo chinês, Wang Yi, disse "clara e repetidamente", durante o encontro que a China considera a soberania e a integridade territorial da Ucrânia invioláveis.

O ministro ucraniano explicou que defendeu perante o seu homólogo chinês a necessidade de alcançar uma paz "justa e duradoura" e descreveu os sinais recebidos da China como "importantes" e "positivos".

A visita de Kuleba à China, esta semana, foi a primeira deslocação de um alto dirigente ucraniano ao país asiático desde o início da invasão russa.

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, o objetivo da visita era explorar possíveis perspetivas de paz para pôr fim à guerra provocada pela invasão russa.

Kiev rejeitou, até agora, as propostas chinesas para pôr fim à guerra através de negociações, uma vez que Pequim não exigiu a retirada prévia das tropas russas dos territórios que ocupam na Ucrânia.

Nas últimas semanas, a Ucrânia mudou o tom do seu discurso oficial e abriu-se à possibilidade de iniciar negociações com a Rússia a curto prazo.

Desde o início do conflito, a China tem mantido uma posição ambígua durante a qual tem apelado ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia.

Leia Também: MNE ucraniano pede à China "medidas" contra evasão da Rússia a sanções

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