"Recebemos um sinal claro de que a China não está à procura de uma solução temporária, de um cessar-fogo temporário, mas está a trabalhar numa solução permanente e estratégica para a guerra", disse o chefe da diplomacia ucraniana, em entrevista à televisão ucraniana TSN.
Kuleba também referiu que o seu homólogo chinês, Wang Yi, disse "clara e repetidamente", durante o encontro que a China considera a soberania e a integridade territorial da Ucrânia invioláveis.
O ministro ucraniano explicou que defendeu perante o seu homólogo chinês a necessidade de alcançar uma paz "justa e duradoura" e descreveu os sinais recebidos da China como "importantes" e "positivos".
A visita de Kuleba à China, esta semana, foi a primeira deslocação de um alto dirigente ucraniano ao país asiático desde o início da invasão russa.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, o objetivo da visita era explorar possíveis perspetivas de paz para pôr fim à guerra provocada pela invasão russa.
Kiev rejeitou, até agora, as propostas chinesas para pôr fim à guerra através de negociações, uma vez que Pequim não exigiu a retirada prévia das tropas russas dos territórios que ocupam na Ucrânia.
Nas últimas semanas, a Ucrânia mudou o tom do seu discurso oficial e abriu-se à possibilidade de iniciar negociações com a Rússia a curto prazo.
Desde o início do conflito, a China tem mantido uma posição ambígua durante a qual tem apelado ao respeito pela "integridade territorial de todos os países", incluindo a Ucrânia, e à atenção às "preocupações legítimas de todos os países", em referência à Rússia.
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