Casa Branca manifesta "apoio indefetível" a Israel após ataque

A Casa Branca reafirmou hoje o "apoio indefetível" a Israel, depois de um ataque com 'rockets 'no início do dia a uma cidade nos Montes Golã, anexados por Israel, ter matado 11 crianças e adolescentes.

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Lusa
27/07/2024 23:26 ‧ 27/07/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Os Estados Unidos continuarão a apoiar os esforços para pôr termo a estes terríveis ataques" na fronteira entre o Líbano e Israel, afirmou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, considerando-os "uma prioridade absoluta".

 

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o movimento islamita libanês pagará "um preço elevado" pelo ataque, que atingiu a cidade árabe de Majdal Shams, na fronteira entre o norte de Israel, sul do Líbano e a Jordânia.

O gabinete de Netanyahu, que se encontra em visita aos Estados Unidos, anunciou que o chefe de Governo irá encurtar a sua viagem em várias horas, sem especificar quando regressará a Israel, mas indicando que irá reunir o seu Gabinete de Segurança quando chegar.

O Hezbollah negou a responsabilidade do ataque, através de um comunicado em que afirmou não ter "qualquer ligação com o incidente" e negando "categoricamente todas as falsas alegações".

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, condenou o "banho de sangue" e apelou a uma "investigação internacional independente".

O porta-voz do exército israelita, o contra-almirante Daniel Hagari, considerou este "o ataque mais mortífero contra civis israelitas desde 07 de outubro", data do ataque do Hamas no sul de Israel, que desencadeou uma guerra na Faixa de Gaza que se tem vindo a alastrar a toda a região desde então.

"O Hezbollah disparou um foguete contra crianças que jogavam futebol no norte de Israel. Depois mentiu e afirmou que não tinha sido ele a efetuar o ataque", declarou ainda Hagari.

"Não há dúvida de que o Hezbollah ultrapassou todas as linhas vermelhas e a resposta refletirá isso", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, ao Canal 12 de Israel. "Estamos a aproximar-nos do momento em que enfrentaremos uma guerra total", acrescentou.

O porta-voz principal do Hezbollah, Mohammed Afif, disse à The Associated Press que o grupo "nega categoricamente a realização de um ataque a Majdal Shams". É invulgar o Hezbollah negar um ataque.

O ataque no campo de futebol, pouco antes do pôr do sol, seguiu-se a outros incidentes violentos hoje na região transfronteiriça entre Israel e o Líbano, nos quais o Hezbollah diz ter perdido quatro dos seus combatentes, sem especificar onde.

Noutro teatro, apesar dos apelos internacionais à calma na região e a um cessar-fogo no território palestiniano, a guerra prossegue sem tréguas na Faixa de Gaza sitiada, onde hoje, no seu centro, "a escola de Khadija, que albergava uma unidade médica improvisada na região de Deir al-Balah, foi alvo (de um ataque que deixou) 30 mártires e mais de 100 feridos", segundo o Ministério da Saúde do Hamas, através de um comunicado.

Esta foi, pelo menos, a oitava vez que uma escola foi atingida desde 06 de julho. De acordo com a Defesa Civil de Gaza, a estrutura abrigava cerca de 4.000 pessoas deslocadas.

O exército israelita declarou que tinha como alvo "terroristas" que operavam a partir da escola.

Borrell condenou igualmente este ataque e o chefe da Organização Mundial de Saúde, o diplomata etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, reiterou o seu apelo a "um cessar-fogo imediato e à proteção dos civis".

O ataque do Hamas em 07 de outubro matou cerca de 1.200 pessoas e fez 250 reféns. Israel lançou uma ofensiva que matou já mais de 39.000 pessoas, segundo as autoridades sanitárias locais.

Leia Também: Netanyahu avisa que Hezbollah "pagará um preço elevado por ataque"

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