"Seguindo a grande nação, ratifico a sua eleição para a personalidade sábia, honesta, popular e erudita do Dr. Masud Pezeshkian e nomeio-o presidente da República Islâmica do Irão", refere o decreto de Khamenei, que foi lido pelo seu chefe de gabinete, Mohammad Golpaygani.
Ali Khamenei, que é a mais alta autoridade política e religiosa do Irão, desejou sucesso ao novo presidente do país e garantiu que o continuará a apoiar "enquanto mantiver a política de seguir o caminho reto do Islão e da revolução".
Na cerimónia de ratificação, que ocorreu na mesquita Hoseiniye Imam Khomeini, em Teerão, participaram os principais responsáveis políticos e militares do país. Numa das cadeiras foi colocada uma fotografia do anterior presidente, Ebrahim Raisí, cuja morte num acidente de helicóptero, em maio, obrigou à realização de eleições antecipadas.
Depois de ler o decreto presidencial, Pezeshkian agradeceu o apoio a Khamenei e admitiu ter "um fardo pesado sobre os ombros" na sua nova missão.
"Se aplicarmos as políticas gerais do líder supremo, seremos os melhores", garantiu, ao mesmo tempo que prometeu "justiça" ao povo iraniano e apelou mais uma vez à unidade nacional e a que sejam deixadas "as diferenças de lado", numa aparente alusão aos setores conservadores do país.
O cirurgião cardíaco, de 69 anos, será o nono presidente. A sua posse ocorrerá na terça-feira, num evento em que participarão cerca de 70 figuras políticas internacionais, segundo a comunicação social iraniana.
Pezeshkian venceu as eleições presidenciais com 53,6% dos votos, contra o ultraconservador Saeed Jalili com 44,3%.
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