Numa declaração conjunta, a ministra dos Negócios Estrangeiros japonesa, Yoko Kamikawa, os seus homólogos australiano e indiano, Penny Wong e Subrahmanyam Jaishankar, e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, "sublinharam a importância de uma ordem marítima baseada no direito internacional, incluindo nos mares do Leste e do Sul da China, e reafirmaram a sua forte oposição a qualquer tentativa unilateral de alterar o 'status quo' pela força ou pela coerção".
A reunião anual da parceria de segurança quadrilateral ocorreu em Tóquio.
A China desencadeou tensões com vários países da Ásia - Pacífico devido à reivindicação quase total sobre o mar do Sul da China e as suas rotas comerciais marítimas vitais para o comércio internacional. Pequim também reivindica a ilha de Taiwan como uma província sua, a anexar pela força se necessário.
Os países da Quad também sublinharam o seu "firme compromisso de criar um Indo-Pacífico livre e aberto", um termo cunhado por Tóquio e Washington para se referir à sua estratégia partilhada para conter a ascensão geopolítica da China na região.
Embora a declaração conjunta não faça qualquer referência direta a Pequim, que classificou a parceria como uma "NATO asiática", a reunião do fórum estratégico na capital japonesa teve como pano de fundo as preocupações na região com a crescente atividade militar da China e a situação em torno de Taiwan.
Para além de construir ilhas artificiais equipadas com infraestruturas militares no mar do Sul da China, Pequim tem intensificado as suas manobras marítimas, o suscitou protestos das nações vizinhas e mesmo incidentes em alguns casos, incluindo com as Filipinas.
Os países do Quad "mostraram o seu empenho em promover maiores esforços concretos na área da segurança marítima", bem como na cibersegurança, na luta contra o terrorismo, nas tecnologias emergentes ou na ajuda humanitária e em caso de catástrofe, referiu a declaração conjunta.
"Estamos a definir o caminho para um Indo-Pacífico mais seguro, mais protegido e mais aberto através do reforço da segurança e da vigilância marítimas", afirmou Blinken, durante uma conferência de imprensa conjunta após a reunião.
Isto significa "reforçar as capacidades dos parceiros da região para saberem o que se passa nas águas uns dos outros", disse Blinken, que apontou, por exemplo, a tecnologia de satélite e os sistemas de partilha de dados que permitem a interdição de operações de pesca ilegais.
Os quatro países condenaram também os lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte, que "desestabilizam e violam as resoluções do Conselho de Segurança da ONU", e sublinharam o seu empenhamento na "desnuclearização completa" da península coreana.
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