Venezuela. Centro Carter pede divulgação das atas das assembleias de voto
O Centro Carter (CC), organização norte-americana que esteve na Venezuela como observadora das eleições de domingo, instou hoje as autoridades locais a divulgarem de imediato as atas das assembleias de voto das últimas presidenciais venezuelanas.
© Getty Images
Mundo Venezuela
"O CC apela ao Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) para que publique imediatamente todas as atas das mesas de voto instaladas durante a jornada eleitoral celebrada em 28 de julho", explica em um comunicado.
No documento, divulgado na sua página web nos idiomas castelhano e inglês, o CC explica que "informação das atas transmitidas ao CNE é indispensável" para a sua "avaliação e fundamentalmente para o povo venezuelano".
"A nossa missão técnica, enviada à Venezuela a convite da CNE, tem por objetivo avaliar as eleições presidenciais em conformidade com o quadro jurídico venezuelano, assim como com as normas regionais e internacionais em matéria de eleições democráticas", sublinha.
O Centro Carter é uma organização sem fins lucrativos fundada em 1982 pelo antigo Presidente dos EUA Jimmy Carter e pela sua mulher Rosalynn, e é atualmente dirigida por John Moores.
Está localizado em Atlanta, Geórgia, e trabalha em parceria com a Emory University.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou hoje oficialmente como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.
Segundo o CNE Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.
O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), segundo os dados oficiais divulgados pelo CNE.
A oposição venezuelana reivindica a vitória nas eleições presidenciais de domingo, com 70% dos votos para o candidato da oposição Edmundo Gonzalez Urrutia obteve 70% dos votos, afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.
Vários países já felicitaram Maduro pela vitória, como Rússia, Nicarágua, Cuba, China e Irão, mas outros demonstraram grande preocupação com a transparência das eleições na Venezuela além de Portugal, como Espanha e Estados Unidos.
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