"Vamos atribuir mais 500 milhões de dólares (...) às Filipinas para reforçar a nossa colaboração em matéria de segurança", declarou Blinken em conferência de imprensa.
Blinken destacou que este tipo de ajuda só acontece "uma vez em cada geração".
Esta quantia que vai ser atribuída às Filipinas faz parte de um pacote de ajuda mais amplo (dois mil milhões de dólares) destinado a "territórios da região" (Ásia) e aprovado no passado mês de abril pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
Blinken e o Secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, reuniram-se hoje com o Presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos, que se tem oposto fortemente às atividades de Pequim no Mar do Sul da China.
As tensões entre a República Popular da China e as Filipinas agravaram-se nos últimos meses, nomeadamente pela posse do atol Second Thomas (Ayungin Shoal Bai Co May, em vietnamita).
Os soldados filipinos estão estacionados no atol, onde Manila encalhou deliberadamente um navio em 1999 para fazer valer a reivindicação de soberania.
A República Popular da China reivindica um grande número de ilhotas no Mar da China Meridional, face às reivindicações de outros países vizinhos (Filipinas, Vietname, Brunei, Malásia).
Os dois altos funcionários da Administração norte-americana mantiveram depois conversações com os homólogos filipinos, Enrique Manalo e Gilberto Teodoro, respetivamente, no âmbito das discussões destinadas a consolidar as relações em matéria de defesa entre os Estados Unidos e as Filipinas.
Os dois países mantêm em vigor um tratado de defesa mútua desde a década de 1950.
Esta visita a Manila ocorre após a deslocação do Presidente filipino a Washington em abril.
Na altura realizou-se a primeira cimeira tripartida entre os dirigentes do Japão, das Filipinas e dos Estados Unidos.
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