"Quatro candidaturas foram aceites quanto à forma e rejeitadas quanto à matéria de fundo e uma candidatura foi rejeitada quanto à matéria de fundo e quanto à forma por ter sido apresentada fora do prazo legal", anunciou o Presidente do Tribunal num discurso transmitido pela televisão.
"O Tribunal aceitou três candidaturas, por ordem alfabética: Youssef Aouchiche, da FFS [Frente das Forças Socialistas], Abdelmadjid Tebboune, candidato independente, e Abdelaali Hassani, do MSP [Movimento da Sociedade pela Paz]", disse Omar Belhadj.
Os candidatos tinham de apresentar pelo menos 600 assinaturas de representantes eleitos em várias assembleias espalhadas por 29 prefeituras, ou pelo menos 50.000 assinaturas de eleitores registados, com pelo menos 1.200 assinaturas por prefeitura.
Tebboune, 78 anos, anunciou a 11 deste mês que pretendia concorrer a um segundo mandato, após ter antecipado em quatro meses, para o início de setembro, as eleições presidenciais neste país norte-africano de 45 milhões de habitantes, rico em hidrocarbonetos e o maior exportador de gás de África.
Tebboune foi eleito em dezembro de 2019, numa eleição com uma baixa participação (cerca de 40%), na sequência do Hirak, os protestos maciços pró-democracia que levaram à queda do seu antecessor, Abdelaziz Bouteflika, em abril do mesmo ano, após 20 anos no poder.
Tebboune tem o apoio de quatro importantes grupos políticos que selaram uma aliança, incluindo o antigo partido único FLN (Frente de Libertação Nacional) e o movimento islâmico El Bina, de Abdelkader Bengrina, que ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais de 2019.
Abdelaali Hassani, um engenheiro de obras públicas de 57 anos, é o presidente do principal partido islâmico, o Movimento da Sociedade para a Paz (MSP), que não participou nas eleições de 2019.
O terceiro candidato, Youssef Ouachiche, antigo jornalista e deputado de 41 anos, é o líder da Frente das Forças Socialistas (FFS), um partido histórico da oposição enraizado na região da Cabília (leste), desde 2020.
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