Pentágono confirma: 'Engenheiro' do 11 de Setembro escapa a pena de morte
Um acordo entre os EUA e três acusados no âmbito dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 já tinha sido revelado às famílias das vítimas.
© HO/AFP via Getty Images
Mundo EUA
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA) confirmou, esta quinta-feira, que o mentor responsável pelo 11 de Setembro e dois cúmplices concordaram em declarar-se culpados dos crimes de que são acusados em troca de uma pena mais leve.
A notícia foi avançada ontem pelo New York Times, que escreveu que este acordo tinha sido selado entre os EUA e os detidos.
Khalid Sheikh Mohammed, o mentor, Walid Muhammad Salih Mubarak Bin Attash e Mustafa Ahmed Adam al-Hawsawi, aguardavam há anos pelo julgamento na prisão militar de Guantánamo.
Os detalhes oficiais deste acordo ainda não foram oficialmente revelados, mas a imprensa explica que, em troca da admissão de culpa pela morte de quase três mil pessoas, vítimas dos atentados em Nova Iorque, Virgínia e Pensilvânia, os três vão ser condenados à pena perpétua a invés de serem condenados à pena de morte.
Segundo um comunicado 9/11 Justice enviado à BBC, organização que representa os sobreviventes e familiares das vítimas, as famílias estão "profundamente perturbadas com estes acordos judiciais".
"Foi um murro no estômago saber que houve um acordo que está a dar aos detidos o que eles querem", explicou Terry Strada, que perdeu o marido nos ataques, à BBC. "É uma vitória para Khalid Sheikh Mohammad e para os outros dois, é uma vitória para eles", acrescentou.
Os homens foram acusados de váriossérie de crimes, incluindo ataque a civis, assassínio em violação das leis da guerra, desvio de aviões e terrorismo. Khalid Sheikh Mohammed é geralmente considerado o arquiteto do ataque, no qual os sequestradores se apoderaram de aviões de passageiros e os fizeram embater no World Trade Center em Nova Iorque e no Pentágono nos arredores de Washington.
Um outro avião despenhou-se na Pensilvânia, depois de a mesma técnica dos sequestradores ter sido usada, mas aqui os passageiros conseguiram tomar 'controlo' do avião.
Mohammed, um engenheiro formado nos EUA também jihadista declarado, e Hawsawi foram detidos em 2003, durante uma operação no Paquistão.Segundo os procuradores, Mohammed apresentou a ideia a Osama bin Laden, líder da Al-Qaeda, em 1996 e terá depois ajudado os sequestradores durante o seu treino.
O caso esteve à espera de ser julgado mais de uma década porque houve dúvidas se a tortura a que os homens foram sujeitos teriam adulterado os seus testemunhos sobre o caso.
[Notícia atualizada às 12h26]
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