"Trabalhámos com os nossos parceiros para um acordo que teria incluído Alexei Navalny mas, infelizmente, ele morreu" em fevereiro, em circunstâncias não esclarecidas, em uma prisão no Ártico, lamentou Sullivan.
No mesmo sentido se pronunciaram amigos e aliados russos de Navalny, que precisaram que este só não foi libertado devido a uma intervenção do presidente russo, Vladimir Putin.
"Sim. Esta é a troca na qual, como esperávamos, Alexei Navalny deveria sair em liberdade, em fevereiro", escreveu Leonid Volkov, no canal Telegram.
Recordou que a sua colega Maria Pievchij denunciou que a troca tinha sido acordada, mas que, no último momento, Putin decidiu romper o acordo.
"Putin optou por romper o acordo e decidiu que não entregaria Navalny por nada do mundo. E matou-o literalmente dois dias antes de que a troca se pudesse consumar", acrescentou Volkov.
Realçou que se alegra com a libertação dos presos políticos russos, mas acrescentou que "será uma alegria com lágrimas nos olhos".
Como acentuou: "Sem Navalny. É muito doloroso".
Volkov contrastou ainda que, enquanto Putin liberta "boas pessoas", em troca recebe "um assassino e um punhado de espiões falhados que têm o esquecimento à espera".
Em fevereiro, pouco depois da morte de Navalny em uma prisão no Ártico, os seus apoiantes acusaram Putin de ter ordenado o seu assassínio, dias antes de ser trocado por Vadim Krasikov, o agente russo que estava preso na Alemanha, condenado a prisão perpétua, que foi envolvido nas trocas realizadas hoje.
"Eu recebi a confirmação de que as negociações estavam em curso e já na sua fase final na tarde de 15 de fevereiro", um dia antes do "assassínio" do opositor russo, tinha garantido então Pevchij no YouTube.
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