O Exército israelita afirmou, esta quinta-feira, que destruiu o local "de onde foram disparados os projéteis" do Hezbollah, naquele que foi o primeiro ataque do grupo xiita libanês desde o assassínio de um dos seus líderes na terça-feira, num ataque israelita em Beirute.
Exército israelita confirmou ainda que numerosos projéteis atravessaram o território israelita vindos do Líbano, acrescentando que intercetou alguns deles.
"O restante caiu em áreas abertas", referiu ainda.
Pouco depois dos disparos, os aviões israelitas atingiram o local "de onde foram disparados os projéteis na região de Yater", no sul do Líbano, acrescentaram as forças israelitas no comunicado.
Os combatentes do Hezbollah "lançaram dezenas de 'rockets' do tipo Katyusha" no 'kibutz' de Matzuva, referiu o movimento pró-iraniano, em comunicado, acrescentando que foi "em resposta ao ataque do inimigo israelita contra a localidade de Chamaa, que matou vários civis".
Antes, o Ministério da Saúde libanês tinha reportado quatro sírios mortos e cinco libaneses feridos num ataque israelita em Chamaa, no Sul, onde o Hezbollah e Israel trocam ofensivas diariamente há quase dez meses.
Devido à "grande quantidade de corpos, o número final de mártires será determinado com base em testes de ADN", destacou o ministério.
Um socorrista local disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que as vítimas trabalhavam na agricultura e pertenciam à mesma família.
O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, prometeu responder "à agressão" nos subúrbios a sul de Beirute, um bastião do Hezbollah, que matou o líder militar do movimento armado xiita libanês Hezbollah, Fouad Chokr.
Nesse mesmo dia, um outro ataque atribuído a Israel, que não o reivindicou, matou o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão.
A violência na fronteira entre o Hezbollah e Israel começou logo após o início da guerra em Gaza, desencadeada por um ataque do Hamas palestiniano em solo israelita, que causou pelo menos 542 mortos, a maioria combatentes, mas também 114 civis, segundo uma contagem da AFP.
Pelo menos 22 soldados e 25 civis foram mortos do lado israelita, incluindo 12 jovens, num ataque com 'rockets' nos Montes Golã, segundo dados do Exército.
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