Venezuela. María Corina Machado apela a luta "pacífica" e com "força"
A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, apelou hoje à luta "pacífica e cívica" com "força", porque, disse, as eleições de 28 de julho assinalaram um "marco" no qual se iniciou a "transição para a democracia" na nação.
© Alfredo Lasry R/Getty Images
Mundo Venezuela
"O dia 28 de julho é um marco com base no qual começou a transição para a democracia na Venezuela", disse Corina Machado a milhares de venezuelanos que se reuniram numa área do leste de Caracas.
Entre gritos de "liberdade", Corina Machado destacou a força dos cidadãos que saíram às ruas apesar da repressão contra as manifestações que ocorreram entre segunda e terça-feira, em rejeição aos resultados oficiais das eleições que deram oficialmente a vitória ao Presidente, Nicolás Maduro.
"Depois de uma repressão brutal, pensaram que nos iam silenciar, assustar ou paralisar. A presença de cada um de vós aqui mostra ao mundo a magnitude da força e significa que vamos até ao fim", garantiu.
Corina Machado salientou que "hoje o medo está noutro lado" e disse que não renunciará ao direito de protesto pacífico nem aceitará uma "chantagem" que "equipara as vítimas aos criminosos".
"Nós não temos armas de fogo, é o regime que as usa contra a população: Protesto cívico e pacífico não é violência", destacou.
Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Caracas e noutras cidades da Venezuela para protestar contra os resultados das eleições presidenciais anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que reelegeram o Presidente, Nicolás Maduro.
Corina Machado foi recebida na concentração em Caracas sob o grito de "liberdade", depois de declarar que teme pela sua vida, num artigo publicado na edição de quinta-feira do Wall Street Journal.
O candidato da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia, que substituiu Corina Machado na eleição, depois do regime a ter declarado inelegível, não esteve presente na manifestação de Caracas.
Maduro tem ameaçado constantemente os dois líderes da oposição, considerando-os "responsáveis" pelas mortes ocorridas durante os distúrbios de segunda-feira (pelo menos 11, segundo organizações não-governamentais) e ameaçando-os com "prisão".
Milhares de "chavistas" responderam às manifestações da oposição, desfilando em Caracas "em defesa da paz" e em apoio à anunciada reeleição de Nicolás Maduro como Presidente da Venezuela.
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