"Cinco soldados norte-americanos e dois funcionários ficaram feridos no ataque, durante o qual dois 'rockets' atingiram a base aérea Al-Assad", disse um responsável da defesa norte-americana, acrescentando que cinco dos feridos estão a ser tratados na base e dois foram retirados, sem que as suas vidas corram perigo.
O Pentágono atribuiu o ataque às "milícias alinhadas com o Irão".
O secretário da Defesa norte-americano, Lloyd Austin, e o seu homólogo israelita, Yoav Gallant, concordaram, durante uma entrevista telefónica, que se tratava de uma "escalada perigosa".
O Presidente dos EUA, Joe Biden, e a vice-Presidente Kamala Harris "discutiram medidas (...) para defender as nossas forças e responder a qualquer ataque ao nosso pessoal, na forma e local que escolhermos", anunciou a Casa Branca.
O Governo iraquiano disse hoje que as autoridades apreenderam um camião contendo oito 'rockets' e que estão a procurar os autores do ataque à base, localizada na província de al-Anbar.
Este tipo de ataques foi comum nos primeiros meses da guerra em Gaza entre Israel e o Hamas.
O movimento Resistência Islâmica no Iraque -- um grupo informal de combatentes de grupos armados pró-Irão - reivindicou a maioria desses ataques, alegando que agiam em solidariedade com os habitantes de Gaza.
O novo ataque surge num contexto de receios crescentes de uma escalada militar regional, após os assassínios do líder do Hamas palestiniano e do líder militar do Hezbollah libanês, o primeiro atribuído a Israel, que assumiu a responsabilidade pelo segundo.
O Irão e o Hezbollah prometeram retaliar pelos assassinatos.
O "eixo de resistência" contra Israel, liderado por Teerão, inclui o Hamas, os grupos armados iraquianos e os rebeldes Huthis do Iémen.
Na terça-feira da semana passada, um ataque norte-americano teve como alvo combatentes iraquianos pró-iranianos "que tentavam fazer descolar 'drones'", ameaçando "forças de coligação norte-americanas e anti-jihadistas" na região, de acordo com um responsável da Defesa norte-americana.
Este ataque, que segundo fontes iraquianas fez quatro mortos, foi o primeiro levado a cabo pelas forças norte-americanas no Iraque desde fevereiro.
Dois ataques atingiram também bases que albergavam soldados norte-americanos ou os seus aliados no Iraque, em 16 e 25 de julho, os primeiros desde abril.
Em janeiro, um ataque com 'drones' atribuído ao movimento Resistência Islâmica no Iraque matou três soldados norte-americanos na Jordânia.
Em retaliação, os Estados Unidos lançaram dezenas de ataques contra combatentes pró-Irão no Iraque e na Síria.
Nos últimos meses, Bagdade manteve conversações com Washington sobre o futuro da coligação internacional anti-jihadista no Iraque, da qual os grupos pró-Irão exigem a saída.
Cerca de 2.500 soldados norte-americanos estão destacados no Iraque e 900 na Síria.
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