Wang, que expressou a sua "preocupação com a contínua crise humanitária causada" pelo conflito em Gaza e alertou que "a violência apenas perpetua um ciclo vicioso de retaliação", propôs uma iniciativa em três etapas para resolver a situação.
"Alcançar um cessar-fogo abrangente, promover a administração pós-crise do território sob o princípio do 'domínio palestiniano sobre a Palestina' e implementar efetivamente a 'solução de dois Estados'", são as três etapas, segundo um comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.
A China "continuará a apoiar a justiça internacional, a reforçar a solidariedade com os países árabes e a trabalhar com todas as partes para evitar uma deterioração do conflito", disse o chefe da diplomacia chinesa, que apelou a que não se apliquem "dois pesos e duas medidas" à situação em Gaza.
Abdelatty lamentou a "dificuldade acrescida em chegar a um acordo de cessar-fogo após o assassinato de Haniyeh, o que pode desencadear uma guerra em grande escala na região".
O representante egípcio sublinhou que a região "não pode suportar mais conflitos e agitação" e que a comunidade internacional "deve trabalhar em conjunto para evitar uma deterioração".
Abdelatty saudou os esforços de Pequim para "facilitar a reconciliação interna palestiniana", expressando o desejo do Egito de "manter uma cooperação estreita com a China para evitar o agravamento do conflito".
Haniyeh "morreu em resultado de um ataque sionista traiçoeiro", afirmou um comunicado do Hamas, prometendo que Israel "não ficará impune".
O líder do Hamas, que vivia em auto-exílio no Qatar, estava de visita a Teerão para assistir à cerimónia de tomada de posse do reformista Masoud Pezeshkian como presidente do Irão, que ameaçou retaliar.
Em Pequim, o Hamas assinou recentemente uma declaração em que se compromete com a formação secular da Fatah, com a qual tem estado em conflito desde 2007, e com outras fações palestinianas a formar um "governo temporário de unidade nacional" com autoridade sobre todos os territórios palestinianos (Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental).
A China tem reiterado repetidamente o seu apoio à "solução dos dois Estados", mostrando a sua "consternação" perante os ataques israelitas contra civis em Gaza.
Funcionários chineses realizaram várias reuniões com representantes de países árabes e muçulmanos para reafirmar esta posição ou para tentar fazer avançar as negociações de paz.
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