Durante uma sessão extraordinária da OCI na Arábia Saudita, Taha expressou a sua "enérgica" condenação pelos "crimes de guerra e pelo genocídio diário cometidos pela ocupação israelita contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo a cidade de Jerusalém".
Na sua intervenção frente aos ministros dos Negócios Estrangeiros dos 57 países membros da OCI, o responsável juntou à lista de crimes o "assassinato pecaminoso de Ismail Haniyeh" no passado dia 31, quando se encontrava no Irão.
"A persistência da ocupação israelita nestes crimes constitui uma continuação por parte de Israel, a potência ocupante, de violar todos os tabus, costumes, leis e resoluções internacionais e representa um ataque à soberania e segurança nacional do Irão", acrescentou.
Taha pediu ao Conselho de Segurança da ONU que assuma a sua responsabilidade e tome as medidas necessárias com vista a obrigar Israel a respeitar o direito internacional e a "pôr fim às suas ameaças e ataques".
Entre as suas reivindicações, o representante da OCI exigiu também um cessar-fogo imediato e completo da atual "agressão israelita" na Faixa de Gaza para evitar uma escalada do conflito para uma guerra regional que comprometa a estabilidade no Médio Oriente.
Os chefes da diplomacia do mundo islâmico reuniram-se a pedido do Irão para discutir a atual crise no Oriente Médio, que está em alerta máximo aguardando uma possível resposta iraniana contra Israel na sequência da morte de Haniyeh.
O Irão, o grupo islamita palestiniano Hamas e o Hezbollah libanês responsabilizaram Israel pela morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão. Os israelitas não comentaram esta morte, mas tinham prometido aniquilar o Hamas depois do ataque de 07 de outubro pelos islamitas, que resultou em mais de 1.200 mortos e 250 reféns.
O ataque desencadeou o atual conflito na Faixa de Gaza, que já causou em mais de 39.600 mortos.
Desde outubro que o Hezbollah, os rebeldes Huthis do Iémen e grupos armados iraquianos abriram novas frentes contra Israel.
Um dia antes da morte de Haniyeh, os israelitas reivindicaram o ataque que matou o líder militar do Hezbollah, Fuad Shukr, perto de Beirute.
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