As inundações destruíram aldeias na província de Al Hodeida, nas costas do Mar Vermelho, onde causaram a morte a, pelo menos, 28 pessoas, a que acresceram outras 11 mortes na província de Hajja.
Segundo os serviços de proteção civil, mais de 500 famílias foram temporariamente retiradas, em ambas as províncias, perante a previsão de mais um dia de chuvas intensas, com o objetivo de prevenir mais danos pessoais.
As fortes chuvas provocaram inundações nas zonas baixas, destruindo estradas e interrompendo os esforços em curso para resgatar pessoas.
Dados do Fundo para a População da ONU indicam que só na província de Hajja existem cerca de 29 mil pessoas afetadas.
Por sua vez, a agência da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) no Iémen alertou para outros efeitos, como a destruição de mais de 80 poços em Maqbanah, também na costa do Mar Vermelho.
A torrente de água destruiu terrenos cultivados, habitações e infraestruturas, o que obrigou à deslocação temporária da população, com a OCHA a queixar-se da falta de dinheiro para dar uma resposta mais rápida às necessidades urgentes.
Estas inundações deterioraram ainda mais a situação humanitária no Iémen, palco de uma guerra que dura desde 2014 e uma das piores catástrofes humanitárias do mundo, ainda segundo a ONU.
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