"Se Trump perder, não tenho a certeza", referiu o Presidente democrata, depois de questionado sobre a possibilidade de haver uma transição pacífica do poder, de acordo com um excerto de uma entrevista à estação CBS.
"Ele fala a sério. As pessoas não o levam a sério. Quando diz coisas como 'se perdermos, vai ser um banho de sangue', está a falar a sério", realçou o chefe de Estado norte-americano, que abdicou da recandidatura pelos democratas, agora assumida pela sua vice-Presidente, Kamala Harris.
"Vejam o que estão a tentar fazer agora nos distritos eleitorais locais, onde as pessoas contam os votos", frisou Biden, acrescentando: "ou a colocarem as pessoas em estados onde vão contar os votos".
Também hoje a candidata democrata voltou a alertar para o perigo que Trump representa para a democracia norte-americana, num novo comício de campanha com o companheiro de corrida recém-anunciado, Tim Walz, no coração do 'centro-oeste', em estados cruciais que vão decidir as presidenciais de novembro.
Harris vincou que Trump "prometeu abertamente que, reeleito, seria ditador desde o primeiro dia, que utilizaria a Justiça contra os seus inimigos políticos".
"Qualquer pessoa que sugira a revogação da Constituição dos Estados Unidos nunca mais deveria ter a oportunidade de defender o selo do Presidente dos Estados Unidos", frisou.
Após as eleições presidenciais de novembro de 2020, o então Presidente dos EUA, Donald Trump, incentivou milhares de apoiantes a marcharem sobre o Capitólio, alegando fraude eleitoral na vitória do democrata Joe Biden, o que nunca se comprovou.
Aproximadamente 1.400 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com os distúrbios no Capitólio, ocorridos em 06 de janeiro de 2021. Quase 900 foram condenados, tendo cerca de dois terços recebido penas de prisão que variam entre alguns dias e 22 anos.
Trump foi indiciado criminalmente em Washington por procurar anular os resultados das eleições de 2020 no período que antecedeu o ataque ao Capitólio, num dos processos judiciais de que é alvo.
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