Exército russo continua operação para expulsar ucranianos de Kursk

O exército russo continua a tentar expulsar as tropas ucranianas da região fronteiriça de Kursk, onde na terça-feira várias centenas de soldados de Kiev entraram apoiados por unidades mecanizadas, segundo as autoridades locais.

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© Getty Images/Russian Ministry of Defense / Handout/Anadolu

Lusa
08/08/2024 11:31 ‧ 08/08/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

 

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"A operação para destruir as formações do exército ucraniano continua", afirmou o ministério da Defesa russo, em comunicado, garantindo "frustrar" as "tentativas" ucranianas de "penetrar profundamente" na região de Kursk.

Andrei Belostotsky, vice-governador de Kursk, em declarações a uma televisão russa, informou que "os soldados continuam as suas ativas ações militares no distrito de Sudzha, tentando expulsar as tropas [ucranianas]".

"Tenho a certeza de que isso acontecerá nos próximos dias", declarou a mesma fonte, garantindo que, nas últimas horas, "o inimigo não avançou nem um metro, pelo contrário, está a recuar".

O responsável estimou que cerca de 3.000 civis foram retirados da zona dos combates e protegidos por blindados e baterias antimísseis.

No entanto, nas redes sociais há afirmações, citadas pelas agências noticiosas internacionais, de que unidades ucranianas continuam a avançar e já assumiram o controlo da parte ocidental da cidade de Sudzha.

O governador em exercício, Alexei Smirnov, decretou o estado de emergência na região para "aliviar as consequências da incursão das forças inimigas".

Um conselheiro da administração presidencial ucraniana, Mykhailo Podoliak, considerou que a incursão ucraniana é uma consequência da "agressão" russa contra a Ucrânia.

"A causa profunda de qualquer escalada, de qualquer bombardeamento, de qualquer ação militar (...) incluindo nas regiões [russas] de Kursk e Belgorod é unicamente a agressão inequívoca da Rússia" e a sua invasão da Ucrânia, que já dura há mais de dois anos, segundo Podoliak na rede social X (antigo Twitter).

Como resultado dos ataques, que não foram reivindicados por Kiev, cinco civis morreram e outros 31 ficaram feridos, segundo os últimos dados do ministério da Saúde russo.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, estimou em mil o número de homens envolvidos no ataque, cujo objetivo seria o distrito de Sudzha, um avanço que, garantiu, "foi travado".

"A operação terminará com a derrota esmagadora do inimigo", prometeu o militar numa reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, que "qualificou a maior incursão ucraniana em território russo desde o início da guerra como uma provocação em grande escala".

A anterior tentativa de incursão das forças ucranianas na região de Kursk ocorreu em março, quando, segundo autoridades russas, mais de 100 soldados inimigos foram mortos e seis tanques destruídos.

Estas incursões eram reivindicadas por grupos armados constituídos por voluntários russos leais às autoridades de Kiev, algo que não ocorreu agora.

Leia Também: Após incursão, Medvedev quer "esmagar e destruir impiedosamente" Ucrânia

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