UE elogia coragem dos bielorrussos na defesa da democracia
A União Europeia (UE) recordou hoje a luta dos bielorrussos pela democracia e reiterou a condenação do regime de Alexandre Lukashenko, quatro anos após a reeleição do Presidente, que classifica como fraudulenta.
© Reuters
Mundo Bielorrússia
"Há quatro anos, em 09 de agosto, o povo da Bielorrússia saiu à rua para protestar pacificamente contra as eleições presidenciais fraudulentas e a tentativa de Lukashenko de lhes retirar o direito de decidirem o seu futuro", referiu, em comunicado, o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, por ocasião do 4.º aniversário do escrutínio que atribuiu ao Presidente bielorrusso um sexto mandato e que desencadeou uma vaga de contestação sem precedentes naquela antiga república soviética.
A oposição considerou o escrutínio fraudulento, tal como vários países ocidentais, e convocou manifestações para contestar os resultados.
Na altura, a repressão violenta do movimento de contestação causou vários mortos e várias centenas de pessoas foram detidas.
Desde então, salientou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, "apesar da violenta repressão, o povo bielorrusso tem defendido repetida e corajosamente os seus direitos humanos e o futuro democrático do seu país".
Frisando "a campanha maciça de violência e intimidação" que o regime de Lukashenko impôs contra o seu próprio povo, o representante comunitário lembrou que atualmente estão detidos cerca de 1.400 presos políticos.
"Estes representam apenas uma fração dos milhares de indivíduos que entraram e saíram de detenções por motivos políticos desde 2020", referiu Borrell.
Na mesma nota informativa, o representante da UE recordou que o último relatório do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos apontou que existem motivos razoáveis para acreditar que o crime de perseguição, que é um crime contra a humanidade, pode ter sido cometido na Bielorrússia.
"Apelamos à libertação imediata e incondicional de todos os presos políticos e pessoas detidas injustamente", afirmou o chefe da diplomacia europeia, advertindo ainda que "a soberania e a identidade da Bielorrússia estão cada vez mais ameaçadas".
A Bielorrússia tem sido alvo de sanções europeias, quer pela repressão política quer pelo auxílio à Rússia na guerra contra a Ucrânia. No total, 261 pessoas e 37 entidades e organismos estão atualmente sujeitos a medidas restritivas da UE.
"A UE continua unida no seu apoio ao corajoso povo da Bielorrússia, ao movimento democrático bielorrusso e à sociedade civil na sua luta por uma Bielorrússia livre, democrática, soberana e independente, integrada numa Europa pacífica", declarou ainda Josep Borrell.
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