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Trump propõe três debates televisivos com Kamala Harris em setembro

O candidato republicano às eleições presidenciais nos Estados Unidos, Donald Trump, propôs hoje a realização em setembro de três debates televisivos com a adversária democrata, Kamala Harris, após o abandono da corrida pelo Presidente em exercício, Joe Biden.

Trump propõe três debates televisivos com Kamala Harris em setembro
Notícias ao Minuto

19:53 - 08/08/24 por Lusa

Mundo Estados Unidos

"Acordámos com a [estação de televisão) Fox para 04 de setembro, com a NBC (...) para 10 de setembro e com a ABC para 25 de setembro", declarou Trump, numa conferência de imprensa em Mar-a-Lago, a sua propriedade no Estado da Florida.

 

"Espero que ela aceite", acrescentou o ex-presidente norte-americano (2017-2021), naquela que foi a sua primeira aparição pública desde que a atual vice-presidente do país, Kamala Harris, se tornou a candidata presidencial do Partido Democrata e escolheu o governador do Minnesota, Tim Walz, como seu candidato a vice-presidente.

Até agora, o único debate televisivo previsto seria na estação ABC, no dia 10 de setembro, ainda com Joe Biden.

Após as declarações de Trump, a ABC confirmou que ambas as candidaturas aceitaram realizar o debate de 10 de setembro.

Na conferência de imprensa, Trump afirmou também aguardar "com expectativa" a realização dos três debates e estar confiante na sua capacidade para enfrentar a adversária Democrata, à qual as sondagens atribuem a dianteira nas intenções de voto, acusando-a de se esconder da comunicação social e de não dar entrevistas.

Após sair vitorioso do primeiro e único debate televisivo contra Biden, Trump está agora a tentar recuperar a liderança na corrida presidencial, atacando Harris e Walz, que voltou a classificar como "radicais" e disse considerar "impreparados", num contexto económico que comparou aos momentos que antecederam o 'crash' da Bolsa de 1929 e com um mundo "muito próximo de uma guerra mundial".

Negou, contudo, ter "recalibrado a estratégia política" da sua campanha, após a nomeação de Kamala Harris como candidata do Partido Democrata, em vez de Joe Biden, sublinhando que as suas mensagens continuam a ser as mesmas, como tentou demonstrar hoje, criticando, por exemplo, a entrada de imigrantes no país e culpando diretamente a "número dois" do atual Governo.

Além disso, e embora tenha dito não ser "um admirador" de Biden, criticou que a vice-presidente tenha tomado o lugar deste como candidata presidencial sem receber "um único voto" nas primárias, apesar de ter também sugerido preferir que a sua adversária nas urnas seja Harris.

Sobre o seu próprio companheiro de candidatura, o senador J.D. Vance, Trump frisou que ele "está a fazer um trabalho fantástico", apesar das polémicas em que se tem visto envolvido, e espera que tenha a hipótese de o demonstrar num debate televisivo contra Walz.

Depois de ter incitado, após a derrota na reeleição presidencial, em 2020, os seus apoiantes a invadir o Capitólio (sede do Congresso dos Estados Unidos) -- o que aconteceu a 06 de janeiro de 2021 - e de ter publicamente contestado o resultado do escrutínio que elegeu Joe Biden, declarando que tinha sido fraudulento, Trump prometeu hoje uma "transferência pacífica" de poder, se as eleições forem "justas".

Os seus adversários Democratas temem que ele não reconheça, como em 2020, o resultado das presidenciais agendadas para 05 de novembro, em caso de derrota.

"É claro que haverá uma transferência pacífica de poder, como aconteceu da última vez (...) Só espero que as eleições sejam justas", afirmou o ex-presidente, sem mencionar o assalto ao Capitólio de 2021.

[Notícia atualizada às 20h32]

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