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Sobe para 51 o número de mortos devido às chuvas e inundações no Iémen
O Governo do Iémen elevou hoje para 51 o número de mortos devido às chuvas e inundações que atingiram as províncias ocidentais nas últimas 48 horas e pediu apoio internacional para ajudar os afetados e lidar com os danos.
© Mohammed Hamoud/Getty Images
Mundo Iémen
De acordo com fontes governamentais, pelo menos 12 pessoas, incluindo três militares, foram mortas depois de as inundações terem varrido nas últimas 48 horas as áreas controladas pelo Governo na província de al-Hodeida, no Mar Vermelho, elevando o número total de mortos para 51.
Na quarta-feira, fontes da defesa civil em áreas controladas pelos rebeldes Huthis informaram que pelo menos 39 pessoas tinham morrido e várias outras estavam desaparecidas em inundações repentinas causadas por fortes chuvas em áreas rurais das províncias ocidentais de al-Hodeida e Hajja.
Numa carta consultada pela agência EFE, o Governo iemenita apelou a "todos os parceiros regionais e internacionais, incluindo países, instituições financeiras e organizações humanitárias internacionais, para que apoiem os esforços do Governo iemenita para fazer face aos danos causados pela atual tempestade que afeta as províncias de al-Hodeida e Hajja".
As fortes chuvas provocaram inundações e torrentes em ambas as províncias, causando graves danos nas infraestruturas e nas propriedades públicas e privadas, refere o executivo iemenita na carta, que refere ainda que as fortes chuvas causaram danos significativos nos campos de deslocados e nas casas de tijolo de barro.
De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a População, as fortes chuvas e inundações afetaram mais de 28.784 pessoas, só em quatro distritos da província de Hajja.
Por outro lado, o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (FAO) declarou que se prevê que o Iémen venha a registar um período de chuvas intensas nas próximas semanas, com a probabilidade de inundações repentinas e deslizamentos de terras.
A FAO alertou também para o facto de as chuvas deste ano deverem ser particularmente fortes, o que poderá causar danos generalizados, especialmente nas comunidades agrícolas de baixa altitude.
A agência da ONU sublinhou que as próximas semanas representam um "período crítico" para o Iémen, que enfrenta os "desafios das chuvas intensas e os riscos associados", e detalhou que a preparação, as estratégias de mitigação e a resiliência da comunidade são essenciais.
Leia Também: Ataque atribuído aos rebeldes Hutis atinge navio ao largo do Iémen
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