De acordo com a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA, Kim agradeceu a oferta de apoio de vários países e organizações internacionais, mas prometeu lidar com os danos causados pelas inundações sem ajuda externa.
O líder norte-coreano acredita que a melhor opção é "abordar os problemas completamente com base na auto-suficiência", detalhou a KCNA.
Nas últimas semanas, a Cruz Vermelha Sul-Coreana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância, bem como os governos da Coreia do Norte, Rússia e China ofereceram-se para fornecer alimentos e outra ajuda de emergência à Coreia do Norte em resposta às cheias.
De acordo com a KCNA, Kim agradeceu ao Presidente russo Vladimir Putin a oferta, mas recusou, sublinhando que "os planos já estabelecidos e as medidas estatais foram tomados na fase atual".
A Coreia do Norte, que não responde aos apelos de Seul através das linhas de comunicação intercoreanas desde abril de 2023, ignorou a oferta de ajuda feita pelo Governo do Sul.
Kim realizou uma viagem de dois dias, entre quinta e sexta-feira, ao condado de Uiju, na província de Pyongan Norte (noroeste), para se reunir com os afetados que se encontram atualmente em abrigos temporários, informou a KCNA.
O líder norte-coreano anunciou um "sistema de emergência" para transferir cerca de 15.400 pessoas para a capital, principalmente crianças, idosos, soldados deficientes e mulheres, para lhes prestar apoio durante os próximos dois a três meses, até que os esforços de reconstrução sejam concluídos.
"Os cuidados infantis, o ensino e a educação são assuntos estatais prioritários que nunca devem ser abandonados em situações de emergência", disse Kim num discurso durante a visita.
Esta foi a segunda vez que o líder norte-coreano viaja para regiões afetadas pelas cheias, depois de uma viagem na semana passada.
Kim denunciou mais uma vez como invenções e "falsa propaganda por razões políticas" as notícias publicadas nos meios de comunicação social da Coreia do Sul, de acordo com as quais 1.500 pessoas teriam morrido nas inundações no norte do país, ao longo da fronteira com a China.
O líder garantiu que a população afetada está "sã e salva".
Em julho, o regime norte-coreano confirmou que mais de cinco mil pessoas tinham sido colocadas em abrigos, mas que teriam começado a regressar às suas casas no início de agosto.
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