Washington retoma vendas de armas ofensivas à Arábia Saudita

O Departamento de Estado norte-americano anunciou hoje a retoma da vendas de armamento ofensivo à Arábia Saudita, suspensas há vários anos por preocupações humanitárias, e deixou avisos ao Irão quanto ao apoio militar à Rússia.

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© Getty Images

Lusa
12/08/2024 18:16 ‧ 12/08/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O porta-voz do Departamento de Estado Vedant Patel elogiou a postura da Arábia Saudita, depois de a venda de armas ter sido suspensa devido a preocupações humanitárias em torno do conflito no Iémen, que entretanto entrou numa fase de relativa acalmia.

 

Riade "respeitou os seus termos do acordo, e estamos prontos para respeitar os nossos", disse Patel em conferência de imprensa em Washington.

O Departamento de Estado avisou também que o Irão enfrentará graves consequências se decidir fornecer mísseis à Rússia, argumentando que a medida agravará o sofrimento na Ucrânia e prejudicará os esforços de Teerão para apaziguar as suas relações internacionais.

"Estamos preparados para fornecer uma resposta rápida e forte se o Irão se envolver na transferência de mísseis balísticos, o que acreditamos que constituiria uma séria escalada do apoio do Irão à guerra de agressão travada pela Rússia contra a Ucrânia", disse Vedant Patel.

Washington, acrescentou, está em contacto com os seus aliados europeus sobre relatos dos planos do Irão de "fornecer centenas de mísseis balísticos à Rússia".

Em busca de armas adicionais para as suas operações na Ucrânia, Moscovo recorreu a países sob sanções, incluindo a Coreia do Norte.

Os Estados Unidos já tinham imposto sanções aos fabricantes iranianos de 'drones', cujos produtos eram fornecidos à Rússia.

"Os líderes iranianos também continuam a negar o envio de quaisquer 'drones' para a Rússia, quando a evidência é clara perante o mundo de que a Rússia usou esses 'drones' nos seus ataques implacáveis contra a população civil na Ucrânia", disse Patel.

O porta-voz sublinhou que o novo presidente iraniano, Massoud Pezeshkian, considerado um reformista dentro da república islâmica, fez campanha na esperança de melhorar as relações com o Ocidente.

"Esta duplicidade é apenas mais um lembrete à comunidade internacional de que o regime iraniano carece de credibilidade", acrescentou.

Leia Também: Vaticano pede ao Irão para evitar escalada do conflito em curso

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