A justiça russa identificou os comandantes Vladimir Pipko e Emil Ishkulov, "suspeitos de atos de terrorismo, homicídio e tentativa de homicídio", adiantou a porta-voz da Procuradoria-Geral da Federação Russa, Svetlana Petrenko, citada pela agência de notícias estatal russa TASS.
Petrenko salientou ainda que os oficiais ucranianos são suspeitos de terem dirigido ataques seletivos contra a população civil e infraestruturas.
A mesma fonte descreveu um caso em que um grupo de pessoas foi alvo de um 'drone' ucraniano quando deixavam o mosteiro de São Nicolau Gornalsky, no distrito de Sudzhansky, referindo que o ataque causou pelo menos um morto.
As forças ucranianas desencadearam na passada terça-feira uma incursão na região fronteiriça russa de Kursk, a mais importante desde a invasão em larga escala da Ucrânia pelas forças russas em fevereiro de 2022.
Como resultado dos últimos ataques ucranianos, pelo menos doze pessoas morreram e mais de uma centena ficaram feridas e mais de 120 mil pessoas foram deslocadas.
A Ucrânia reivindicou hoje o controlo de 1.000 quilómetros quadrados de território russo na região fronteiriça de Kursk.
"Continuamos a efetuar operações ofensivas na região de Kursk. Neste momento, controlamos cerca de 1.000 quilómetros quadrados do território da Federação da Rússia", declarou o comandante das Foças Armadas ucranianas, Oleksandre Syrsky, durante uma reunião com o Presidente Volodymyr Zelensky.
Pela primeira vez, o chefe de Estado ucraniano confirmou que forças militares ucranianas estão a atuar no interior da região de Kursk.
Zelensky emitiu uma declaração através da rede social Telegram, onde elogia os soldados e comandantes "pela sua persistência e ações decisivas".
Embora a Ucrânia esteja a atacar as zonas fronteiriças há meses, esta é a primeira vez que avança em território russo.
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