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Rússia protesta sobre alegado envio de F-16 para território moldovo

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia convocou hoje o encarregado de negócios da Moldova, Alexandru Chetraru, por informações, que Chisinau desmente, sobre o possível estacionamento em território moldovo de aviões F-16 entregues à Ucrânia.

Rússia protesta sobre alegado envio de F-16 para território moldovo
Notícias ao Minuto

18:04 - 13/08/24 por Lusa

Mundo Rússia

Segundo um comunicado do ministério russo, Moscovo exortou Chisinau a "respeitar estritamente o seu estatuto neutral" e abster-se de medidas que possam contribuir para a escalada da crise ucraniana.

 

Moscovo transmitiu ao diplomata moldovo "séria preocupação" pelas informações nos 'media' russos e moldovos de que "os aviões F-16, transferidos do ocidente para o regime de Kiev terão por base os aeródromos da Moldova e que desde esses locais bombardeariam território russo".

Em consequência, Chisinau excluiu os planos para acolher os aviões F-16 fornecidos à Ucrânia.

"A Moldova não acolhe nem acolherá armas nem equipamentos militares, incluindo aviões com destino à Ucrânia", assegurou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros moldovo.

A diplomacia de Chisinau lamentou que a Rússia tenha reagido a "notícias falsas da internet" e aconselhou Moscovo a informar-se "através de fontes oficiais".

"A República da Moldova é um Estado neutral e as suas instituições continuarão a respeitar o princípio da neutralidade", asseguraram responsáveis locais.

A antiga república soviética, vizinha da Ucrânia e Roménia, vai realizar em 20 de outubro eleições legislativas e um referendo sobre a adesão à União Europeia, fortemente criticado pela oposição pró-russa do país.

Na passada quarta-feira, a Comissão Eleitoral Central (CEC) da Moldova rejeitou a inscrição do bloco eleitoral Victorie-Pobeda ('Vitória', em russo) para duas consultas. O bloco defende um reforço das relações com o Kremlin e com a União Económica Euro-Asiática, liderada pela Rússia.

Leia Também: Violação do espaço aéreo de Minsk? Kyiv fala em "ameaças imaginárias"

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