Sheik Hasina, que abandonou o cargo e fugiu do Bangladesh em 05 de agosto, exilou-se na Índia, depois de ativistas estudantis terem liderado uma revolta contra o seu governo. É acusada de ser responsável por grande parte da violência mortal, juntamente com altos funcionários da sua administração.
Numa declaração publicada na rede social X pelo seu filho Sajeeb Wazed Joy, Hasina afirmou: "Exijo a punição dos responsáveis pelas mortes e pela sabotagem, através de uma investigação."
Mais de 300 pessoas foram mortas nos tumultos que começaram em julho com protestos contra um sistema de quotas para os empregos públicos e que mais tarde se transformaram num movimento contra o governo de Hasina.
Hoje, a polícia iniciou uma investigação por homicídio, no que se esperava ser o primeiro de vários casos que acusam Hasina e outros funcionários do governo de serem responsáveis pelas mortes ocorridas durante os distúrbios.
O caso iniciado hoje envolveu o homicídio do proprietário de uma mercearia em julho. S.M. Amir Hamza, descrito como um "benfeitor" do proprietário de uma mercearia, Abu Sayeed, apresentou o caso no tribunal do magistrado metropolitano de Daca, Rajesh Chowdhury.
Hamza disse que Sayeed foi morto em 19 de julho no meio de confrontos durante a revolta liderada pelos estudantes e que apresentou o caso porque a família de Sayeed não tinha capacidade para procurar justiça.
Muhammad Yunus, Prémio Nobel da Paz, sucedeu a Hasina na quinta-feira como chefe do governo provisório do Bangladesh, para liderar "um processo democrático" com vista à realização de eleições, após 15 anos no poder sob a liderança da antiga primeira-ministra.
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