No início deste mês, os advogados de Trump procuraram mostrar que o facto da atual vice-Presidente Kamala Harris se ter tornado a candidata presidencial democrata criou um conflito de interesses para Merchan, uma vez que a filha do juiz trabalhava como consultora política para ela.
Os advogados repetiram assim o argumento que Merchan negou por duas vezes no passado e que convenceu um painel consultivo sobre ética judicial, que deu luz verde ao juiz para aceitar o caso.
"Dito claramente, os argumentos do arguido não são mais do que uma repetição de alegações desatualizadas e infundadas", escreveu Merchan, na terça-feira, num despacho de três páginas hoje divulgado.
Em maio, Trump tornou-se o primeiro ex-Presidente norte-americano a ser condenado num julgamento, por 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais relacionadas com o pagamento a uma atriz pornográfica para proteger a sua candidatura presidencial em 2016.
A data da sentença de Trump, originalmente prevista para julho, foi adiada para 18 de setembro para que o juiz que supervisiona o caso possa estudar se uma decisão recente do Supremo Tribunal dos EUA poderá afetar a sua decisão.
A candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, não hesitou em utilizar este caso criminal de Trump para a sua campanha, apresentando-se aos eleitores como uma ex-procuradora que enfrenta nas urnas um "criminoso condenado".
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