Este dia assinala a rendição japonesa na Segunda Guerra Mundial, que marcou o fim do domínio colonial na Península Coreana.
Yoon Suk-yeol propôs a criação de um canal de diálogo oficial com a Coreia do Norte, para abordar "qualquer questão", num momento marcado pelo distanciamento intercoreano, depois de Pyongyang ter reformado a Constituição para classificar Seul como "inimigo número um" e excluído qualquer desejo de reunificação.
"A libertação completa continua a ser uma tarefa inacabada" na Coreia, disse o Presidente sul-coreano no discurso, divulgado pela agência de notícias local Yonhap.
"A liberdade que desfrutamos deve ser estendida ao gelado reino do Norte, onde as pessoas são privadas de liberdade e sofrem pobreza e fome", continuou.
O líder acrescentou que "somente quando uma nação unificada, livre e democrática, legitimamente propriedade do povo, for estabelecida em toda a Península Coreana" haverá "libertação completa".
Yoon definiu três tarefas principais para a reunificação: defender a liberdade na Coreia do Sul contra notícias falsas e outros elementos desestabilizadores, promover mudanças na Coreia do Norte, através de melhorias nos direitos humanos e na informação externa, e reforçar a cooperação com a comunidade internacional.
"Hoje proponho que as autoridades de ambas as Coreias estabeleçam um grupo de trabalho intercoreano" para abordar questões como o alívio das tensões, a cooperação económica, os intercâmbios culturais e interpessoais e as respostas a desastres naturais e às alterações climáticas, disse.
Yoon instou a Coreia do Norte a responder à proposta, observando que o diálogo e a cooperação podem trazer progressos substanciais nas estagnadas relações intercoreanas, além de defender o direito dos norte-coreanos à informação.
"Os testemunhos de numerosos desertores norte-coreanos mostram que as nossas emissões de rádio e televisão os ajudaram a perceber a falsa propaganda e instigações que emanam do regime norte-coreano", disse o Presidente, defendendo que a reunificação "é a única forma de melhorar as vidas" dos norte-coreanos.
O Sul vai estabelecer o Fundo para a Liberdade e os Direitos Humanos na Coreia do Norte, a fim de apoiar ativamente atividades não governamentais que promovam a liberdade e os direitos humanos no país, ao mesmo tempo que vai continuar a tentar fornecer ajuda humanitária aos vizinhos, disse o responsável.
Yoon referiu-se assim à rejeição por parte de Pyongyang da ajuda recentemente oferecida por Seul e organizações internacionais devido às graves inundações que afetaram o país.
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