O aviso do líder dos Hutis, apoiados financeira e militarmente por Teerão, surge num momento em que foram hoje reatadas negociações indiretas entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas para uma trégua na Faixa de Gaza e a contenção da escalada de violência no Médio Oriente.
"A resposta é verdadeira, é decisiva e não pode ser invertida", declarou al-Huti num discurso televisivo.
Para o líder rebelde iemenita, uma resposta a Israel pelo assassínio do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão em 31 de julho, é uma "obrigação religiosa, humanitária e moral".
A eliminação de Haniyeh pode levar a uma retaliação contra Israel a qualquer instante por parte do Irão, em conjunto com os seus aliados na região.
O Médio Oriente atravessa um período de elevada tensão política e militar desde o ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro, que provocou quase 1.200 mortos.
Em resposta, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que hoje ultrapassou a marca de 40 mil mortos, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.
O conflito ameaça alastrar a todo o Médio Oriente, depois de os últimos dez meses terem sido marcados por trocas de tiros quase diárias entre Israel e o Hezbollah junto da fronteira israelo-libanesa e por ataques dos Hutis contra navios comerciais ao largo do Iémen.
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