Num evento transmitido pela televisão estatal VTV, na quinta-feira, Maduro garantiu que a economia venezuelana "está a funcionar cada vez melhor" e caminha para "níveis mínimos de inflação na história" do país, mostrando a Milei, cujo modelo ultraliberalista o governante tem criticado repetidamente, que "é um fracasso como economista e como presidente da Argentina".
Depois da aplicação de "um novo modelo produtivo", o mercado interno venezuelano e a atividade industrial estão a crescer, incluindo a "indústria pesada, que foi atingida pelas sanções", acrescentou.
A 05 de agosto, Milei afirmou que o céu "vai esmagar" os comunistas, em resposta ao homólogo venezuelano, que acusou o argentino de fazer parte de círculos diabólicos e seitas satânicas, acusação que estendeu ao empresário sul-africano Elon Musk.
O líder de extrema-direita foi um dos primeiros a classificar como "fraude e burla" os resultados das eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela, nas quais Maduro, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo.
A oposição venezuelana rejeitou os resultados, exigiu a apresentação dos resultados por mesas eleitorais, ao mesmo tempo que insistiu na vitória do candidato Edmundo González Urrutia.
O executivo venezuelano, em repúdio às "ações e declarações de interferência" sobre as eleições, expulsou recentemente diplomatas da Argentina e de outros seis países da região, marcando um novo agravamento nas relações entre os governos de Milei e Maduro.
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