Casa Branca condena violência de colonos judeus na Cisjordânia

A Casa Branca condenou a violência dos colonos judeus contra civis palestinianos na Cisjordânia ocupada, na sequência de um ataque que causou um morto e um ferido grave, de acordo com a Autoridade Palestiniana.

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Lusa
16/08/2024 06:20 ‧ 16/08/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Os ataques de colonos violentos contra civis palestinianos na Cisjordânia são inaceitáveis e devem cessar", declarou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, num comunicado divulgado na quinta-feira.

 

O porta-voz pediu às autoridades israelitas para que tomem as medidas necessárias para "proteger todas as comunidades".

"Isto inclui intervir para pôr termo a esta violência e responsabilizar os autores", acrescentou.

De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, o ataque, que teve como alvo a localidade de Jit, entre as cidades de Nablus e Qalqilya, causou a morte de um palestiniano de 23 anos, "baleado pelos colonos". Outro palestiniano ficou gravemente ferido com um tiro no peito, acrescentou a mesma fonte.

Um porta-voz do exército israelita afirmou que, pelas 20:00 (18:00 em Lisboa) de quinta-feira, "dezenas de civis israelitas, alguns com máscaras, [tinham] entrado em [...] Jit, incendiado veículos e infraestruturas na zona, e atirado pedras e cocktails molotov" [engenho explosivo de fabrico caseiro].

Também o Presidente israelita, Isaac Herzog, "condenou veementemente" o ataque, que descreveu como um "pogrom" [movimento popular violento organizado contra uma comunidade].

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, a violência aumentou na Cisjordânia ocupada.

Pelo menos 633 palestinianos foram mortos pelo exército israelita ou por colonos judeus na zona, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, com base em dados oficiais palestinianos.

Dados oficiais israelitas indicam que pelo menos 18 israelitas, incluindo soldados, morreram em ataques palestinianos ou durante operações do exército na zona autónoma palestiniana.

Leia Também: Governo israelita autoriza novo colonato na Cisjordânia ocupada

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