"Os ataques de colonos violentos contra civis palestinianos na Cisjordânia são inaceitáveis e devem cessar", declarou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, num comunicado divulgado na quinta-feira.
O porta-voz pediu às autoridades israelitas para que tomem as medidas necessárias para "proteger todas as comunidades".
"Isto inclui intervir para pôr termo a esta violência e responsabilizar os autores", acrescentou.
De acordo com o Ministério da Saúde palestiniano, o ataque, que teve como alvo a localidade de Jit, entre as cidades de Nablus e Qalqilya, causou a morte de um palestiniano de 23 anos, "baleado pelos colonos". Outro palestiniano ficou gravemente ferido com um tiro no peito, acrescentou a mesma fonte.
Um porta-voz do exército israelita afirmou que, pelas 20:00 (18:00 em Lisboa) de quinta-feira, "dezenas de civis israelitas, alguns com máscaras, [tinham] entrado em [...] Jit, incendiado veículos e infraestruturas na zona, e atirado pedras e cocktails molotov" [engenho explosivo de fabrico caseiro].
Também o Presidente israelita, Isaac Herzog, "condenou veementemente" o ataque, que descreveu como um "pogrom" [movimento popular violento organizado contra uma comunidade].
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita, a 07 de outubro, a violência aumentou na Cisjordânia ocupada.
Pelo menos 633 palestinianos foram mortos pelo exército israelita ou por colonos judeus na zona, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, com base em dados oficiais palestinianos.
Dados oficiais israelitas indicam que pelo menos 18 israelitas, incluindo soldados, morreram em ataques palestinianos ou durante operações do exército na zona autónoma palestiniana.
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