"Confirmo a minha intenção de apresentar uma proposta para sanções da UE contra os facilitadores dos colonos violentos, incluindo alguns elementos do Governo israelita", escreveu Josep Borrell na rede social X (antigo Twitter).
O Alto-Representante cessante advertiu que o Governo israelita "tem de parar estas ações inadmissíveis imediatamente".
"Condenamos os ataques de colonos em Jit, com o propósito de aterrorizar civis palestinianos. Dia após dia, com praticamente impunidade total, os colonos israelitas alimentam a violência na Cisjordânia ocupada, contribuindo para prejudicar qualquer chance de paz", acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) acusou hoje Israel de "terrorismo de Estado organizado" na sequência de um ataque de colonos judeus a uma aldeia palestiniana na Cisjordânia ocupada que causou um morto e um ferido.
O ataque de quinta-feira à noite em Jit, no norte da Cisjordânia, deixou uma pessoa "morta por balas de colonos" e outra gravemente ferida, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da ANP, segundo a agência francesa AFP.
"Como é que estes bandos terroristas mobilizariam 100 dos seus membros armados com armas de Ben Gvir [ministro da Segurança Nacional, de extrema-direita] e atacariam uma aldeia palestiniana se não se sentissem protegidos e apoiados politicamente, legalmente e em termos de segurança?", questionou a mesma fonte, citada também pela agência espanhola EFE.
Cerca de 100 colonos encapuzados invadiram a aldeia, a leste da cidade de Qalqilya, onde incendiaram vários veículos e abriram fogo contra a população, culminando com a morte de um jovem de 23 anos.
Leia Também: Palestinianos acusam Israel de terrorismo após ataque de colonos