Banco da Líbia suspende operações até que diretor sequestrado seja libertado
O Banco Central da Líbia (BCL) suspendeu "todas as suas operações", após o sequestro de um dos seus responsáveis na capital do país, Tripoli, anunciou hoje a instituição.
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Mundo Líbia
Mossab Msallem, diretor de tecnologias de informação do BCL, foi "raptado por um grupo não identificado em frente à sua residência", adiantou o banco central em comunicado, na sua página na rede social Facebook, citado pela agência AFP.
O BCL referiu que as suas operações não serão retomadas até que Mossab Msallem seja libertado e denunciou também "ameaças de sequestro a outros empregados", apontando o dedo aos "partidos fora-da-lei" que "ameaçam a segurança dos seus funcionários e o bom funcionamento do setor bancário".
O sequestro do diretor acontece uma semana depois de um ajuntamento de dezenas de pessoas, possivelmente armadas, em frente à sede do banco na capital líbia, Tripoli, para destituir o governador da instituição, Seddik el-Kebir.
Em funções desde 2012, o governador é criticado pelos seus opositores pela gestão do orçamento e dos lucros inesperados do setor petrolífero do país, rico em hidrocarbonetos.
No decurso de um encontro na terça-feira com o embaixador e enviado especial americano na Líbia, Richard Norland, o representante evocou "ameaças crescentes contra a segurança" da instituição e dos seus funcionários.
Por seu lado, Norland, numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), considerou "inaceitável" uma destituição forçada do governador, referindo que a Líbia poderá perder o seu acesso aos mercados financeiros internacionais.
Mergulhada no caos depois da queda e morte do ditador Mouammar Kadhafi em 2011, a Líbia é governada por dois executivos rivais: o GNU, de Abdelhamid Dbeibah, radicado no oeste do país e reconhecido pelas Nações Unidas, e o outro, no este, apoiado pelo marechal Khalifa Haftar.
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