ONU preocupada com rápida deterioração económica e de segurança na Líbia
As Nações Unidas manifestaram hoje preocupação com a rápida deterioração da situação económica e de segurança na Líbia, denunciando ações unilaterais por parte de algumas autoridades que aumentam as tensões no país africano.
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"Nos últimos dois meses, a situação na Líbia deteriorou-se muito rapidamente em termos de estabilidade política, económica e de segurança", alertou, ao Conselho de Segurança, Stephanie Koury, que desempenha as funções de chefe interina da missão política da ONU na Líbia (Manul).
"As ações unilaterais dos atores políticos e de segurança da Líbia aumentaram as tensões, consolidaram ainda mais as divisões institucionais e políticas e complicaram os esforços para uma solução política negociada", acrescentou.
Stephanie Koury denunciou vários acontecimentos ocorridos desde o início de agosto, incluindo combates entre grupos armados nos subúrbios de Tripoli e tentativas de expulsar à força o governador do Banco Central.
A diplomata norte-americana ocupa a liderança interina da Manul, enquanto aguarda a nomeação de um sucessor para Abdoulay Bathily que em abril renunciou ao cargo descrevendo a impossibilidade de apoiar o processo político face aos líderes líbios que colocam "os seus interesses acima das necessidades do país".
"Na ausência de novas conversações políticas que conduzam a um governo unificado e a eleições, vê-se onde isto vai dar: mais instabilidade política, financeira e de segurança, divisões políticas e territoriais enraizadas e mais instabilidade nacional e regional", destacou Stephanie Koury.
"Os líbios estão frustrados com este 'status quo' e com o preço que pagam todos os dias. As pessoas estão a lutar para levantar dinheiro dos bancos e satisfazer as suas necessidades diárias. E muitos deles temem que a guerra rebente novamente", frisou ainda.
Mergulhada no caos depois da queda e morte do ditador Mouammar Kadhafi em 2011, a Líbia é governada por dois executivos rivais: o GNU, de Abdelhamid Dbeibah, radicado no oeste do país e reconhecido pelas Nações Unidas, e o outro, no este, apoiado pelo marechal Khalifa Haftar.
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