As operações de busca foram retomadas hoje de manhã, tendo mergulhadores conseguido abrir uma janela de três metros de largura na embarcação, no fundo do mar, a uma profundidade de 50 metros, mas a posição do veleiro naufragado dificulta o trabalho de resgate.
Na terça-feira à noite, um alto oficial da guarda-costeira, Vincenzo Zagarola, admitiu, em declarações à imprensa italiana, que era "difícil imaginar" um desenlace feliz.
Ainda assim, especialistas sublinham que embarcações como o «Bayesian» foram concebidos com portas estanques que podem criar bolsas de ar que permitem uma hipótese de sobrevivência durante algum tempo, mas com o passar das horas são cada vez mais reduzidas as expectativas de ainda encontrar sobreviventes, entre os seis desaparecidos.
Entre os desaparecidos do naufrágio do veleiro de luxo na madrugada da passada segunda-feira, causado por uma tromba de água que se criou durante uma violenta tempestade ao largo da Sicília, contam-se o proprietário da embarcação, o magnata britânico da tecnologia Mike Lynch, 59 anos, e a sua filha Hannah de 18 anos.
Os restantes passageiros ainda desaparecidos são o presidente da Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, a sua mulher Anne Elizabeth Judith Bloomer, e um advogado de Lynch, Chris Morvillo, e a sua mulher Nada Morvillo.
A bordo da embarcação seguiam 12 passageiros e 10 membros da tripulação, tendo a guarda-costeira conseguido resgatar com vida 15 pessoas, entre as quais uma criança de apenas 01 ano. Para já, a única vítima mortal confirmada -- cujo corpo foi recuperado logo na segunda-feira -- já foi identificada como sendo Ricardo Thomas, que trabalhava a bordo como cozinheiro.
De acordo com diversos órgãos de comunicação britânicos, o magnata Mike Lynch, que também era conhecido como «Bill Gates britânico», tinha organizado o cruzeiro para festejar com a sua família, amigos e advogados a sua absolvição, em junho, num processo de fraude nos Estados Unidos, relacionado com a venda da sua empresa de software à Hewlett-Packard em 2011.
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